Mensagem de final de ano (2020) para as professoras do Ensino Fundamental I do GDF

A vida, dádiva divina, é um eterno aprendizado. Neste ano tenebroso, em que o medo conquistou prioridade em nossas vidas e as trevas insistem em nos rondar, aprendemos que a solidez da fé e o galope da esperança são combustíveis indissociáveis para superarmos todas estas adversidades.

Segundo com o Padre Antonio Vieira, "a mais doce de todas as companheiras da alma é a esperança". Por outro lado, João XXIII nos aconselha a não consultar os nossos medos, mas as nossas esperanças e sonhos.

Desse modo, apesar dos pesares, devemos entender que: as lágrimas são importantes para lavar a alma do ser humano justo; até mesmo a escuridão de uma noite sem estrelas e de lua apagada tem a sua beleza; não há tristeza que resista à chegada do arco-íris; e que para poetas e jardineiros o ano só começa com a chegada da primavera.

Assim, Caio Fernando Abre nos conforta: "Primeiro a chuva, depois o arco-íris. Acostumem-se, a ordem é essa".

De acordo com Martin Luther King: "Mesmo as noites totalmente sem estrelas podem anunciar a aurora de uma grande realização". A mensagem de esperança de Luther King é que a aurora chegará.

No mesmo sentido, Cecília Meireles nos convence que: “A primavera chegará. Mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la”. E olha que a primavera, nos versos do poeta Quintana, tornou-se uma menina alegre pulando cordas.

Neste cenário pandêmico, passamos a conhecer melhor todas vocês, eternas amantes da arte de educar, uma vez que Santo Agostinho nos ensinou que "se quiseres conhecer uma pessoa, não observes o que ela faz, mas o que ela ama". Enquanto Paulo Freire nos disse que "não se pode falar de educação sem amor" e que "o educador se eterniza em cada ser que educa".

Esperamos logo retornar a doce rotina de nos inebriarmos todas as manhãs. Às vezes, com o canto dos pássaros; às vezes, com o das crianças, assim como ocorre com Victor Hugo. Afinal de contas, não há remédio melhor para curar nossas almas do que estar ao lado dessas crianças, conforme nos assegura Dotoiévski. Dessa forma, compreendemos muito bem o eterno aprendiz Gonzaguinha, que embora não tenha nada contra os adultos, prefere mesmo é ficar com a pureza da resposta das crianças...

Que em 2021 continuemos cúmplices neste belo e dadivoso dom de ensinar, aprender e cuidar.

Desejamos a todas vocês muita paz espiritual e abundante saúde física e emocional.

Feliz Ano Novo!

Josemar Alves
Enviado por Josemar Alves em 01/01/2021
Código do texto: T7149132
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