Mãos!
"Não sei você, mas tenho percebido nestes tempos atípicos a função das mãos. Pois é, parece banal, mas, para mim não é. E, para não dizer que contei o óbvio devo começar pelo avesso, isto é, pela falta que elas fazem. Já pensou quanta coisa você não conseguiria fazer sem elas: sentir o próprio rosto, acariciar, se coçar, lavar pratos, escrever ou demais simplicidades que, por vezes, até passam de forma desapercebida aos olhos de muitos; não dos meus. É isso, pode até parecer simples demais. Mas em tempos tão esdrúxulos, pego-me valorizando os valores de cada dia, o toque. Não como se o perdesse de pronto, mas como quem quer aproveitá-lo ao máximo, o que significa, perceber o impercebível, aproveitando até o o inaproveitável".