BRUXO OU MÁGICO?

BRUXO OU MÁGICO?

Será o poeta um bruxo que mistura as letras no caldeirão e deixa a fumaça fluir em rimas?

Será ele feiticeiro escrevendo magias que tingem o espaço com linhas douradas e tangem as almas que vagueiam ao vento?

Será que o poeta percebe as nuances que se misturam ao sabor infinito de um amor?

Ou será que ele sabe da enxurrada de lágrimas que escorrem aos borbotões num triste adeus?

Será um feiticeiro que derrama poções em desfiadas linhas que envolvem um ser na mais inocente mágica?

Ou será um mago que com sua varinha impinge estrelas brilhantes que coagem ao anoitecer.

O poeta é um mago mágico que invade a alma, que vagueia ao léu, na busca da resposta que soluça o coração, acalma a inquietude e responde à razão irracional, que desliza no sonho que sonhamos, na busca da infinita bem-aventurança.

Amarilis Pazini Aires