desfilando um 7 de Setembro sem máscaras

Cale a boca negro,

calem a boca dos pobres, dos ricos-pobres, dos miseráveis deste nosso Brasil...

Calem a boca ou eu vou encher a sua boca de porrada.

Cale a boca negro,

calem a boca miseráveis, pobres plurirraciais, favelados deste nosso Brasil.

Calem a boca!

Hoje, 7 de setembro é dia para refletir:

Sobre a fortaleza que esconde, rouba, desvia, usurpa o capital desse pavoroso reino chamado Brasil.

Calem a boca os milhares de encarcerados, órfãos de pensamento deste nosso Brasil.

Não quero escutar as conversas de vocês, negros forros!

Voltem para seus porões, sótãos e palhoças;

chega de histórias e petições,

chega de querer casa e domicilio,

vos sois pobres desde os primórdios anos da República;

Calem a boca negros!

A casa grande não é domicilio para vocês, arquitetos desta nação.

trabalhadores e escravos desde o império, encarcerados desta sociedade com identidade negras e mestiças, mas que por cobiça, negam a sua raiz.

Cale a boca NEGRO!

7 de setembro

é tempo para lembrar e jamais esquecer

da geopolítica da fome;

dos caminhos difíceis para os negros e mestiços;

dos rumos e desastres de administração em administração para este país que levam e conservam a extrema pobreza num pais de riquezas mil.

desde aquele 7 de setembro lá do império este pais é um CALA BOCA NEGRO!

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Serpente Angel
Enviado por Serpente Angel em 07/09/2020
Reeditado em 07/09/2020
Código do texto: T7056941
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