O EXERCÍCIO TÁTIL DA DISTÂNCIA
Trazem uma história nas pontas dos cabelos e o mirante no olhar, gota sobre gota, a recordar estradas de alcatrão e anéis onde morrem as aves.
Nos ombros tatuaram conversas e todas as palavras clandestinas que já não sobem pelas frestas da voz (agora desabitada a enterrar bocas e conclusões suspensas).
Sabem que não têm todo o tempo mas a esperança continua a ser deus que não sabe a cor do céu ou de que massa se compõe o silêncio.
Remanesce o corpo tombado sobre o movimento e todas as mortes que os habitam;
na vida nenhum deles ousa confiar.