Nº28 – Silêncio
17/08/2020 – segunda-feira
Querido Unicórnio,
Ao que temos nós além da graça, sublime graça de Deus?
Muitas vezes, diante de fortes tempestades com trovões após trovões, nos tornamos ovelhas assustadas, desorientadas, e nos precipitamos a comportamentos que não condizem com o que somos, mas com uma fragilidade que não nos pertence mais. Ferimos-nos ao perder a vontade de continuar lutando e congregar com os que amaldiçoam a Deus pelos dias de grande pesar. Provocamos dor ao tratarmos o nosso próximo com rispidez, falta de empatia ou usa-los como descarga para nossas explosões.
Não seja uma ovelha assustada, não te atormente pelo mal deste século. Quando a tempestade vier, recolha-se ao um lugar de intimidade entre você e sua fragilidade. Não diga nada, apenas se contemple em todas as lutas que disseram que você não iria vencer, e que você mesmo se considerou incapaz. Vislumbre no silêncio a sua vontade de viver, de lutar, de vencer, de se reinventar, de recomeçar.
Quando tudo estiver barulhento demais dentro de você, peça silêncio, organize suas caixas internas, liste as prioridades em “dependem só de mim” e “dependem de um coletivo”, se programe e de o primeiro passo. Entenda quem você é e que você quer, e isso te permitira estabelecer um objetivo.
Lembre-se de nosso lema:
Viver vale mais que existir.
Ser Resistência.
Ser uma flor teimosa que insisti em florescer em uma selva de concreto.
Com amor, Tiago.