É coisa assim

Não é saudade, mas é coisa assim...

É a busca num olhar distante, sem rumo e sem fim…

É um vácuo que pesa e tranca o peito, clamando por algo que não sabe o nome e parece sempre fora do alcance.

É como se estivesse esperando a voz do vazio revelar o que a mente ainda é incapaz de compreender.

É como se o aperto no peito calasse as palavras para que a mente buscasse os sussurros do coração.

É algo forçando o ego a entender o avesso, para identificar de que essência os sentimentos reclamam.

É um vazio que espreme lágrimas da alma, sem saber dizer por qual razão.

É sem definição; só se sabe que é algo que pesa e faz suspirar, e só o banho de lágrimas controla a respiração.

É algo parecido com o que sente o pássaro Uirapuru, que consegue pôr no canto a linguagem dessa mistura que é produzida no íntimo da alma e do coração.