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Curiosidades 5
O Avarento
Ser um multimilionário deve ser algo maravilhoso, pois pode usufruir das coisas boas que se consegue comprar com o dinheiro além de proporcionar uma vida confortável, tranquila e rica aos seus descendentes. Quando pensamos em homens mega ricos lembramos de Bill Gates, Warren Buffet, Mark Zuckerberg ou Jeff Bezos entre outros, mas vamos conhecer um pouco da história do magnata estadunidense Jean Paull Getty, que já foi considerado o homem mais rico do mundo chegando a possuir 80% do petróleo do nosso planeta, e um dos ricos mais mesquinhos de que se tem notícia.
Getty nasceu em 15 de dezembro de 1892 em Mineápolis, Minnesota - EUA, no seio de uma família rica da indústria petrolífera. Seus pais eram rigorosos em relação aos mandamentos de Deus e acreditavam que quem os cumprisse eram agraciados com riqueza e fortuna. E por assim pensarem criavam seus filhos com base no ascetismo. Mas, o seu irmão mais velho veio a óbito o que levou os pais a manterem Jean Paull isolado do convívio com outras pessoas temendo que o mesmo adoecesse e, além disso ficavam a certa distância do menino, evitando o carinho e apego, por receio do sofrimento pós morte caso ele, assim como o irmão, falecesse.
Graduado em Economia e Ciências Políticas no ano de 1914 pelo Magdalen College, em Oxford, Getty trabalhava nos campos petrolíferos de seus pais em Oklahoma, durante os verões adquirindo capital e know-how no segmento de petróleo. Posteriormente, Dedicou-se aos negócios da família recebendo um salário de 100 dólares por mês. Mas, foi no ano de 1916 que conseguiu o seu primeiro milhão de dólares com a sua empresa petrolífera em Tulsa, por mérito próprio, uma vez que seu pai lhe recusava a emprestar dinheiro e a sua mãe também não concedia grandes somas.
No ano seguinte, o jovem empreendedor muda-se para Los Angeles, onde tem uma vida de playboy que em nada se coadunava com o estilo de vida e modos de comportamento severos dos pais não sendo nada humilde, muito menos religioso, ao contrário gostava de cometer pecados. E seu estilo de vida foi o suficiente para que perdesse o respeito de seu pai acreditando que o jovem levaria a empresa da família para a ruína, deixando-o apenas uma pequena parte da grande fortuna familiar e os bens destinados à sua esposa.
Na década de 1950, Getty muda-se para a Inglaterra e no ano de 1957 de acordo com a Fortune, liderou a lista das pessoas mais ricas dos EUA cuja fortuna aumentava meio milhão de dólares a cada dia. Em 1966 atinge a cifra de 1,2 bilhão de dólares de patrimônio entrando para o livro dos recordes como o homem mais rico do mundo.
A vida amorosa do multimilionário foi agitada chegando a casar-se por cinco vezes com mulheres que tinham a idade de serem suas filhas. Com elas teve cinco filhos, onde um veio a falecer em um procedimento cirúrgico, mas não teve a presença do pai em seu velório, pois Jean Paull estava na Europa e os asuntos de negócios a serem tratados eram mais urgentes. Em 1973 outro filho de Getty (o seu sucessor) também veio a óbito e neste mesmo ano, um outro filho levou-o aos tribunais exigindo mais capital para si e os irmãos cuja causa perdeu. Porém, o ricaço aumentou um pouco a quantia financeira que dava aos filhos. Ainda no corrente ano, um neto de 16 anos de Getty foi sequestrado e a recompensa exigida foi de 17 milhões de dólares; valor que não foi pago pelo avô que argumentou: "Tenho 14 netos e se eu pagar agora, sequestrarão os outros 13." Após 5 meses de sequestro o magnata recebe a orelha cortada do neto e o valor de uma nova quantia a ser paga de 3 milhões de dólares, onde destes o vovô contribuiu com 2,2 milhões emprestando ao pai do menino raptado 800 mil dólares a juros de 4% ao ano para completar a soma. Após o pagamento do resgate o neto telefona para agradecer ao avô pela liberdade, mas Jean Paull não o atende, negando-se a falar com o jovem. Getty sempre acreditou que o rapto foi orquestrado pela Mãe do menino e faleceu convicto desse pensamento.
Getty comprou uma imensa propriedade (do século XVII) de um duque falido, na Grã Bretanha - a Sutton Place. Apesar dos 34 quartos e 14 banheiros, nenhum familiar usufruiu da mansão, muito menos foi convidado para visitar o multimilionário do petróleo. Quem frequentava a propriedade eram as condessas, mulheres da aristocracia, onde Getty exigia que as mesmas assinassem documentos renunciando a qualquer recompensa financeira, e os amigos convidados para eventos.
Com a chegada da terceira idade seus hábitos sovinos afloraram mais e mais, chegando a utilizar o mesmo envelope várias vezes, reutilizando os selos de cartas para reaproveitá-los e diluindo a cola de tal forma até parecer água. Chegou a instalar um telefone público na mansão para que os seus convidados não usassem o telefone da propriedade e economizava ao máximo nas compras não comprando meias acima de 1 dólar, por exemplo. Também passou a ter fobias e medo do convívio social isolando-se cada vez mais em sua propriedade secular.
Em sua última entrevista, respondeu a pergunta "O que mais quer o homem mais rico do mundo?", respondeu da seguinte forma "Gostaria de seguir fazendo negócios." Mas, o seu fim chegou aos 84 anos (6 de junho de 1977). Na abertura do testamento a grande surpresa: Getty deixou muito pouco para os seus descendentes; os filhos e funcionários leais não receberam quase nada de uma imensa fortuna. Apreciador das artes e de antiguidades, adquiriu várias obras e suas coleções encontram-se em sua mansão em Malibu, transformada em museu Jean Paull Getty, na Califórnia, para onde foi a grande parte de sua fortuna.
Ao anunciar a sua morte um apresentador de TV disse: "O homem mais rico, solitário e egoísta do mundo faleceu. Durante 84 anos de sua vida, não deu um centavo a obras de caridade."
Fim.
Por Alvaniza Macedo, inspirada no texto "O homem mais rico do mundo que se negou a pagar o resgate aos sequestradores do próprio neto", do site incrivel.club e em pesquisas feitas na wikipédia.
Incrível e impactante a história deste magnata do petróleo. Sua avidez por negócios e desprezo pela sua família e pelo ser humano são elementos que marcaram a sua biografia. Como podemos ver a sua trajetória de vida foi voltada única e exclusivamente para o regozigo de si mesmo, planejando até como seria o seu pós morte destinando a sua fortuna para a criação do museu em honra própria. Pena que sua história está suja pela ganância por dinheiro quando recusou-se a ir ao funeral do próprio filho, pela avareza em resistir a pagar o sequestro do neto e pela frieza em não ouvir o seu agradecimento; pela maneira sórdida como se relacionava com as mulheres, e por fim, pela completa ausência de bondade humana para com o outro. (Alvaniza Macedo)
Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_Paul_Getty
https://incrivel.club/inspiracion-historias/la-historia-del-hombre-mas-rico-del-mundo-que-se-nego-a-pagar-un-rescate-a-los-secuestradores-de-su-propio-nieto-844210/?fbclid=IwAR0iFUECYV34TLzua8qwgJUnB6RPalJEke-XfO5cnk93HguXDwa7DJrYjNY
Getty nasceu em 15 de dezembro de 1892 em Mineápolis, Minnesota - EUA, no seio de uma família rica da indústria petrolífera. Seus pais eram rigorosos em relação aos mandamentos de Deus e acreditavam que quem os cumprisse eram agraciados com riqueza e fortuna. E por assim pensarem criavam seus filhos com base no ascetismo. Mas, o seu irmão mais velho veio a óbito o que levou os pais a manterem Jean Paull isolado do convívio com outras pessoas temendo que o mesmo adoecesse e, além disso ficavam a certa distância do menino, evitando o carinho e apego, por receio do sofrimento pós morte caso ele, assim como o irmão, falecesse.
Graduado em Economia e Ciências Políticas no ano de 1914 pelo Magdalen College, em Oxford, Getty trabalhava nos campos petrolíferos de seus pais em Oklahoma, durante os verões adquirindo capital e know-how no segmento de petróleo. Posteriormente, Dedicou-se aos negócios da família recebendo um salário de 100 dólares por mês. Mas, foi no ano de 1916 que conseguiu o seu primeiro milhão de dólares com a sua empresa petrolífera em Tulsa, por mérito próprio, uma vez que seu pai lhe recusava a emprestar dinheiro e a sua mãe também não concedia grandes somas.
No ano seguinte, o jovem empreendedor muda-se para Los Angeles, onde tem uma vida de playboy que em nada se coadunava com o estilo de vida e modos de comportamento severos dos pais não sendo nada humilde, muito menos religioso, ao contrário gostava de cometer pecados. E seu estilo de vida foi o suficiente para que perdesse o respeito de seu pai acreditando que o jovem levaria a empresa da família para a ruína, deixando-o apenas uma pequena parte da grande fortuna familiar e os bens destinados à sua esposa.
Na década de 1950, Getty muda-se para a Inglaterra e no ano de 1957 de acordo com a Fortune, liderou a lista das pessoas mais ricas dos EUA cuja fortuna aumentava meio milhão de dólares a cada dia. Em 1966 atinge a cifra de 1,2 bilhão de dólares de patrimônio entrando para o livro dos recordes como o homem mais rico do mundo.
A vida amorosa do multimilionário foi agitada chegando a casar-se por cinco vezes com mulheres que tinham a idade de serem suas filhas. Com elas teve cinco filhos, onde um veio a falecer em um procedimento cirúrgico, mas não teve a presença do pai em seu velório, pois Jean Paull estava na Europa e os asuntos de negócios a serem tratados eram mais urgentes. Em 1973 outro filho de Getty (o seu sucessor) também veio a óbito e neste mesmo ano, um outro filho levou-o aos tribunais exigindo mais capital para si e os irmãos cuja causa perdeu. Porém, o ricaço aumentou um pouco a quantia financeira que dava aos filhos. Ainda no corrente ano, um neto de 16 anos de Getty foi sequestrado e a recompensa exigida foi de 17 milhões de dólares; valor que não foi pago pelo avô que argumentou: "Tenho 14 netos e se eu pagar agora, sequestrarão os outros 13." Após 5 meses de sequestro o magnata recebe a orelha cortada do neto e o valor de uma nova quantia a ser paga de 3 milhões de dólares, onde destes o vovô contribuiu com 2,2 milhões emprestando ao pai do menino raptado 800 mil dólares a juros de 4% ao ano para completar a soma. Após o pagamento do resgate o neto telefona para agradecer ao avô pela liberdade, mas Jean Paull não o atende, negando-se a falar com o jovem. Getty sempre acreditou que o rapto foi orquestrado pela Mãe do menino e faleceu convicto desse pensamento.
Getty comprou uma imensa propriedade (do século XVII) de um duque falido, na Grã Bretanha - a Sutton Place. Apesar dos 34 quartos e 14 banheiros, nenhum familiar usufruiu da mansão, muito menos foi convidado para visitar o multimilionário do petróleo. Quem frequentava a propriedade eram as condessas, mulheres da aristocracia, onde Getty exigia que as mesmas assinassem documentos renunciando a qualquer recompensa financeira, e os amigos convidados para eventos.
Com a chegada da terceira idade seus hábitos sovinos afloraram mais e mais, chegando a utilizar o mesmo envelope várias vezes, reutilizando os selos de cartas para reaproveitá-los e diluindo a cola de tal forma até parecer água. Chegou a instalar um telefone público na mansão para que os seus convidados não usassem o telefone da propriedade e economizava ao máximo nas compras não comprando meias acima de 1 dólar, por exemplo. Também passou a ter fobias e medo do convívio social isolando-se cada vez mais em sua propriedade secular.
Em sua última entrevista, respondeu a pergunta "O que mais quer o homem mais rico do mundo?", respondeu da seguinte forma "Gostaria de seguir fazendo negócios." Mas, o seu fim chegou aos 84 anos (6 de junho de 1977). Na abertura do testamento a grande surpresa: Getty deixou muito pouco para os seus descendentes; os filhos e funcionários leais não receberam quase nada de uma imensa fortuna. Apreciador das artes e de antiguidades, adquiriu várias obras e suas coleções encontram-se em sua mansão em Malibu, transformada em museu Jean Paull Getty, na Califórnia, para onde foi a grande parte de sua fortuna.
Ao anunciar a sua morte um apresentador de TV disse: "O homem mais rico, solitário e egoísta do mundo faleceu. Durante 84 anos de sua vida, não deu um centavo a obras de caridade."
Fim.
Por Alvaniza Macedo, inspirada no texto "O homem mais rico do mundo que se negou a pagar o resgate aos sequestradores do próprio neto", do site incrivel.club e em pesquisas feitas na wikipédia.
Incrível e impactante a história deste magnata do petróleo. Sua avidez por negócios e desprezo pela sua família e pelo ser humano são elementos que marcaram a sua biografia. Como podemos ver a sua trajetória de vida foi voltada única e exclusivamente para o regozigo de si mesmo, planejando até como seria o seu pós morte destinando a sua fortuna para a criação do museu em honra própria. Pena que sua história está suja pela ganância por dinheiro quando recusou-se a ir ao funeral do próprio filho, pela avareza em resistir a pagar o sequestro do neto e pela frieza em não ouvir o seu agradecimento; pela maneira sórdida como se relacionava com as mulheres, e por fim, pela completa ausência de bondade humana para com o outro. (Alvaniza Macedo)
Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_Paul_Getty
https://incrivel.club/inspiracion-historias/la-historia-del-hombre-mas-rico-del-mundo-que-se-nego-a-pagar-un-rescate-a-los-secuestradores-de-su-propio-nieto-844210/?fbclid=IwAR0iFUECYV34TLzua8qwgJUnB6RPalJEke-XfO5cnk93HguXDwa7DJrYjNY