Eu Senhor e Escravo de mim
Eu escravo e senhor de mim mesmo. Eu ser de mim, eu um necessitado de minha própria razão, busco para mim, falo para mim, vivo para mim, mas esse viver me causa morte e no túmulo de lembranças perdidas eu me condeno a quem eu sou. Eu escravo e senhor de
mim. Despois, eu senhor de mim condeno ao escravo de mim viver, viver em um labirinto, labirinto de lembranças tristonhas. Será que você já esteve lá? Um tão doloroso labirinto que você não sabe mais voltar? Perdido em lembranças inúteis que nada mais são, mas são lembranças. Esse labirinto tem fantasmas são as lembranças que morreram mas vivem em mim. Ah se eu tivesse asas como as de Ícaro voaria velozmente para longe daqui, mas não me anunciaria ao sol para não retornar de novo aqui. Eu senhor e escravo de mim.