JESUS NÃO MORA NA CRUZ
O dia da Páscoa cristã marca a ressurreição de Cristo, conforme reza o decreto do Papa Gregório XIII (Ugo Boncampagni, 1502-1585), Inter Gravissimas, em 24.02.1582 (século XVI), seguindo o primeiro Concílio de Nicéia de 325 d.C., convocado pelo imperador romano Constantino, é o primeiro domingo depois da Lua Cheia que ocorre em ou logo após 21 de março.
Jesus eternamente pregado na cruz é, na certa, um contrassenso para quem acredita nEle e em Sua ressurreição. Um clima de terror e de sadomasoquismo se instalou para sempre em nós, cobrados por pecadores supostamente arrependidos que nos esfregam na cara o sangue do sacrifício de Cristo. Não é possível que mentes racionais, coerentes se ponham a nos passar em rosto algo que o crucificado jamais o faria. Não é também coerente pensar que Aquele que se deu por amor e paixão por nós nos dissesse cotidianamente: FOI POR AMOR, FOI POR VOCÊ. Eu me recuso a acreditar que passaremos a eternidade, com Ele, enquanto repete que sofreu muito e foi por nós, eu me recuso.
Cenas de sangue, lágrimas e dor estão nas igrejas, nos filmes e por toda a parte não tendo outra intenção senão a de nos humilhar, cobrar e amedrontar. Recuso esse cálice e fico com Jesus livre, vitorioso, divino, completo, feliz ao nosso lado. Eu retiro Jesus dessa crucificação ad seculorum e passo imediatamente para o Domingo da Ressurreição, pois também me recuso a participar da queima do Judas.