Casa vazia

De pessoas, mas cheias de móveis

Computador e alguns livros na escrivaninha

Não se ouve o som de uma voz

Nem ao menos um sussurro algum tempo

Janelas de vidros e cortinas brancas

Trinco frouxo que bate quando chega o vento

Um zunido, o único som que quebra o silêncio da casa vazia

Muitas coisas tem dentro dela, mas quem dera ser jogados pela janela

Coisas de valores sentimentais, coisas que até foram reais

Como os momentos deixados naqueles cartões e álbuns de fotografia

Casa vazia de pessoas, mas com muita bagunça deixada por um tão bondoso inquilino

Casa vazia, meu coração é!

Foi deixado tudo bagunçado e agora estou sorrindo, não porque estou bem

Por que imagino que a casa vazia

Não ficou um dia sem receber a visita

Ao menos o vento era sua companhia, entrava pela janela

E toda sujeira varria

Casa vazia.

Robson Fernandes Oliveira
Enviado por Robson Fernandes Oliveira em 06/04/2020
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