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Chapéu de Flor
Aos 20 anos: Ela olha pra si mesma e se vê muito gorda, muito magra, muito alta, muito baixa, cabelo muito liso, muito encaracolado, decide sair, mas vai sofrendo.
Aos 30 anos: Ela olha pra si mesma e se vê muito gorda, muito magra, muito alta, muito baixa, cabelo muito liso, muito encaracolado, mas decide que agora não tem tempo para consertar, então vai sair assim mesmo.
Aos 40 anos: Ela olha pra si mesma e se vê muito gorda, muito magra, muito alta, muito baixa, cabelo muito liso, muito encaracolado, mas diz: pelo menos sou uma boa pessoa, e sai mesmo assim.
Aos 50 anos: Ela olha pra si mesma e se vê como é. Sai e vai pra onde ela bem entender.
Aos 60 anos: Ela se olha e se lembra de todas as pessoas que não podem mais se olhar no espelho. Sai de casa e conquista o mundo.
Aos 70 anos: Ela olha pra si mesma e vê sabedoria, risos, habilidades. Sai para o mundo e aproveita a vida.
Aos 80 anos: Ela não se incomoda mais em se olhar. Põe simplesmente um chapéu de flor e vai se divertir com o mundo.
(Erma Louise Fiste)
Sobre Erma Louise Fiste:
Foi uma humorista americana que transformou suas visões da vida cotidiana nos subúrbios em colunas satíricas de jornais e livros best-sellers como Perdi tudo na depressão pós-parto (1973); A grama é sempre mais verde do que a fossa séptica (1976), que foi adaptado (1978) para um filme de televisão; e Se a vida é uma tigela de cerejas, o que estou fazendo nos caroços? (1978). O humor autodepreciativo que ela empregava em relatos de crises cotidianas do lar e da família atingiu um ponto de familiaridade entre os leitores, que viam suas vidas espelhadas nas situações que ela descrevia.
Nascimento: 21 de fevereiro de 1927, Dayton, Ohio, EUA.
Falecimento: 22 de abril de 1996, São Francisco, Califórnia, EUA.
Fonte: https://www.britannica.com/biography/Erma-Bombeck