CAMINHANDO
Não sou poeta, não sei o que sou.
Só sei dizer o que sinto e o que eu sinto eu digo.
Se estou feliz, me expresso.
Se a tristeza bate, eu lanço.
Se o amor me inspira, eu digo.
O que escrevo, é o que a alma flui.
É o lançar das redes ao imenso mar de mim mesma.
Com certeza são poucos que me entendem.
Mas sou o que sou.
Nesses seis meses que lanço minhas sementes aqui.
Tenho tido retorno de frutos.
E os frutos são novamente semeados.
Ora doces, ora amargos, ora azedos.
É o resultado da imensa metamorfose da minha vida.
Não há velhice, não há mesmice.
É a certeza que o tempo existe e é eterno.
Continuo caminhando, lançando minhas sementes e colhendo na rede os frutos da minha semeadura temporal e real de vida.