Às avessas

“Você tem facebook?”

“Não”

“Nossa, em que planeta você vive?”

Fiquei uns instantes pensando. Bem, acredito que no mesmo planeta que outros milhares de pessoas, mas num mundo completamente diferente, com certeza.

Nunca fui ligada em modinha, ou o que estava acontecendo por aí, quem estava usando o que, qual o cabelo da estação, roupa, rede social. Enfim, nada que me coloque em evidência me seduz.

Quero estar anônima, vivendo uma vidinha tranqüila e fazendo aquilo que faz minha alma feliz.

Puxar holofotes pra mim me dá arrepios. Se jogasse futebol não seria aquele jogador que faz o gol, mas o que o serve, o chamado “garçom”.

Se puder escolher, me botem numa salinha lá no fundo e deixem que eu faça tudo possível pro trabalho alcançar o resultado desejado, mas não digam que fiz alguma coisa.

Tenho agonia que saibam da minha vida e, conseqüentemente, odeio saber o que esse ou aquele andam fazendo das suas. Aprecio demais meus momentos e não quero que saibam o que estou fazendo a cada minuto.

Sou assim, às avessas, estou indo em direção contrária a esse mundo louco. Sempre fui, pois isso a termo “ovelha negra da família” sempre me caiu muito bem. Sou mesmo, mas creio (e espero) que de um jeito bom.

Sou tudo o que uma mulher moderna não deve ser. Ou seja, não sou realmente desse planeta!

Não tenho facebook, não tenho instagram, não tenho twitter, não tenho nem aplicativo no celular. Bem, tenho celular e isso já é um avanço (quando ando com ele, claro).

Também tenho whatsapp porque realmente é útil e já tá bom demais, afinal mandar mensagem é infinitamente melhor que falar.

Quero anonimato, no trabalho, em casa, na vida. Sempre fui assim e isso não quero mudar.

Ah! Não quero mesmo!