PASSAGEIRA

Suavemente, descendo gradativamente até tocar o chão.

O que era vistosa, está inerte, sem a seiva que a alimentava.

Em poucos dias, estará sem brilho, sem textura, sem vida.

E assim se foi mais um ciclo de existência.

Tão curta, tão rápida, tão pequena.

Sozinha era insignificante, não havia a produtividade.

Juntas faziam a alegria do caminhante, o oxigênio dos viventes.

Como é passageira, transitória sua existência.

Não é sentida, percebida.

Largada ao chão, ao léu, sem o véu do seu genitor, somente um insignificante ser.

Passa o tempo, dia, anos e é o fim.

Assim são as folhas, as flores, as árvores, as pessoas, a vida.

Passageira.

StellaMaris
Enviado por StellaMaris em 03/02/2020
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