PASSAGEIRA
Suavemente, descendo gradativamente até tocar o chão.
O que era vistosa, está inerte, sem a seiva que a alimentava.
Em poucos dias, estará sem brilho, sem textura, sem vida.
E assim se foi mais um ciclo de existência.
Tão curta, tão rápida, tão pequena.
Sozinha era insignificante, não havia a produtividade.
Juntas faziam a alegria do caminhante, o oxigênio dos viventes.
Como é passageira, transitória sua existência.
Não é sentida, percebida.
Largada ao chão, ao léu, sem o véu do seu genitor, somente um insignificante ser.
Passa o tempo, dia, anos e é o fim.
Assim são as folhas, as flores, as árvores, as pessoas, a vida.
Passageira.