RACISMO

Ao iniciar este despretensioso texto, recorro às palavras atribuídas a um negro, não um qualquer mas, um senhor, simpático, negro e prestigiado artista de holywood, de nome, Morgan Freeman, e que escreveu o seguinte:

“O dia em que pararmos de nos preocupar com Consciência Negra, Amarela ou Branca e nos preocuparmos com Consciência Humana,o racismo desaparece.”

Nasci num país de brancos e até à idade de vir para o Brasil nunca tinha ouvido a palavra racismo.Sempre me causou estranheza que sendo o Brasil um país constituído de várias etnias e não digo raças, porque no meu entender raça existe apenas uma, a humana, pelo que não poderia haver essa discriminação vergonhosa classificando o ser humano pela cor de sua pele, classe social ou de religião. Como ia dizendo, sempre achei estranho houvesse esse sentimento, que em nada dignifica nossa condição de gente civilizada.

Ninguém nasce branco, negro, amarelo ou qualquer outra cor porque assim o quis, e nem por isso deixa de ser humano, com suas virtudes e mazelas inerentes à nossa mísera condição.

Somos todos diferentes, somos todos iguais.

Se como diz Morgan e, muito bem, se nos preocupássemos ou tivéssemos Consciência, por certo muitos males não nos rodeariam e, os povos não se matariam uns aos outros como verdadeiros selvagens que sempre foram, com raras e honrosas exceções.

O que distingue o ser humano é apenas isto: Os valores morais.O resto foi inventado pela sociedade nada sadia, em que estamos inseridos, que por consequência tem sido a causa das grandes desgraças, maiores que todas as tempestades ou tsunamis naturais. O homem é e sempre foi a grande causa de suas próprias desgraças.

Procuro cultivar e respeitar todos, desde que esses todos se respeitem e saibam respeitar aos outros.

Se todos seguissem o conselho ou mandamento da maior figura que já pisou este planeta, e que por aqui andou justamente por compaixão dos mais desvalidos e para nossa própria salvação - Jesus Cristo, o qual assim nos ensinou - amai-vos uns aos outros, assim como eu vos tenho amado. Certamente teríamos um mundo bem melhor nesta breve passagem por aqui, e suportaríamos bem melhor as agruras e as desditas da nossa efemeridade e finitude humanas.

Daqui a uns breves dias festejamos mais uma vez o Natal. Eis aí mais uma vez a oportunidade para refletirmos um pouco mais sobre os valores espirituais, que ao fim e ao cabo são os únicos valores perenes. Desde já bom Natal para todos e para todas.

Eduardo de Almeida Farias

membro da Academia Pelotense de Letras

Eduardo de Almeida Farias
Enviado por Eduardo de Almeida Farias em 29/11/2019
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