ESCREVO
Quando escrevo, não escrevo por escrever.
Não sou eu, não estou em mim.
Capto com profundidade o sentimento que expresso ao sentir o que a mim vem.
Deixo transbordar, transparecer o que é óbvio e claro, mas está oculto para todo aquele que não ouve, não vê, não escuta, não sente.
Palavras são apenas gotículas de expressão da essência não vista, não pressentida.
Esqueço o que sou, esqueço o tempo, sou tudo, sou toda entrega.
Bela.
Clara.
Nada.
Você sabe?
Entende?
Não compreendeu porque não é real, não é visível.
Apenas é.
Somente é.
O agora.
O Todo.