SOS
 

Sabe-se que as palavras, as siglas, as expressões, foram todas elas pensadas e colocadas em prática pelo ser humano. Acredite você, que as palavras têm poder. E têm. Imagine ao passar por algum local onde lá esteja escrito: SOS (Save Our Souls) que equivale dizer, em português, Salve Nossas Almas. Qualquer pessoa em sã consciência vai se preocupar. Vai tomar uma iniciativa. Isso aconteceu em grandes desastres, a exemplo do Titanic – O navio que “não” afundaria.
 
Pela lógica, quem fala de navio fala de água, seja doce ou salgada. E quem fala de água, fala de vida.  E é assim que a vida marinha, no Litoral Nordeste do Brasil, se encontra, no momento, em estado de SOS devido ao “fantasma” das manchas de óleo que vêm se multiplicando.  
Só que é um grito de socorro diferente daquele grito dos humanos. Muitas vezes, é uma dor silenciosa ou um ruído inaudível aos ouvidos do Homo Sapiens.
 
Na tartaruga que geme, há um grito de SOS.
No peixe que se debate, há um grito de SOS.
No silêncio da gaivota, há um grito de SOS.
Nas ondas pesadas dos mares, há vários gritos de SOS.
 
Estamos a GRITAR SOS. É pedido de socorro. Se da esquerda para a direita, é SOS. Se da direita para a esquerda, é SOS.
A expressão SOS é, por si, soberana.