ESFORÇO

Até onde vai meu esforço?

Meu dever, minha honra, minha obrigação?

“Não é abrindo chagas em ti que irei sarar as minhas”

O que levo, trago, carrego não pode ser oculto.

Apresento-me despida de toda armadura do rancor, da revolta, da dor.

Mérito da conquista?

Não.

São vitórias alcançadas de tanto suor, de tanto transpirar o sangue que estava estagnado no interior do meu peito.

Como escudo, estava como couraça, dura, impenetrável.

Foi derrotada.

A guerra foi perdida e a vitória foi alcançada pela vida que foi preservada.

Sim.

Não tem méritos.

Mas houve o primeiro passo dado pelo esforço de romper o tempo e o espaço escuro do eu interior.

Menos uma morte, mais uma vida.

Menos um cadáver, mais uma esperança.

Sempre é possível esperar.

Nada foi em vão.

Houve um renascer.

Uma vitória sem prêmio exterior.

Melhor de tudo?

Amor e paciência.

StellaMaris
Enviado por StellaMaris em 16/09/2019
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