ESFORÇO
Até onde vai meu esforço?
Meu dever, minha honra, minha obrigação?
“Não é abrindo chagas em ti que irei sarar as minhas”
O que levo, trago, carrego não pode ser oculto.
Apresento-me despida de toda armadura do rancor, da revolta, da dor.
Mérito da conquista?
Não.
São vitórias alcançadas de tanto suor, de tanto transpirar o sangue que estava estagnado no interior do meu peito.
Como escudo, estava como couraça, dura, impenetrável.
Foi derrotada.
A guerra foi perdida e a vitória foi alcançada pela vida que foi preservada.
Sim.
Não tem méritos.
Mas houve o primeiro passo dado pelo esforço de romper o tempo e o espaço escuro do eu interior.
Menos uma morte, mais uma vida.
Menos um cadáver, mais uma esperança.
Sempre é possível esperar.
Nada foi em vão.
Houve um renascer.
Uma vitória sem prêmio exterior.
Melhor de tudo?
Amor e paciência.