VÔO
Um passarinho veio na minha direção.
Tão pequeno e tão frágil, indefeso.
Acho que tinha um defeito na asa.
Mas ele não se importa.
É livre.
Come, se alimenta a hora que quer.
Tem a liberdade e os atributos.
Seu defeito não o incomoda.
Está tanto tempo com ele que faz parte dele.
Não é defeito.
Defeito pra mim, é o que vejo.
Mas o que é o defeito, o objeto, o intruso?
Esta é a minha visão que foi imposta e construída.
Não me importo.
Você se importa?
Então voemos, levantemo-nos e alcemos vôo.
Não demore.
Agora!
Já!
Livre...
Solto...
Leve...