Levem os meus cães para verem meu cadáver
LEVEM OS MEUS CÃES PARA VEREM MEU CADÁVER
Minha mãe faleceu num hospital, vítima de letal pneumonia e complicações, no dia 23 de dezembro de 1997.
Na ocasião levei sua última cadelinha, a Malú, no velório, para que o animalzinho soubesse que sua adorada dona, que saíra de casa há semanas e não retornara, já não estava viva neste mundo. Malú ainda viveu comigo mais seis anos.
Eu gostaria muito, se a mesma coisa vier a me acontecer (morrer fora de casa), que fizessem a mesma coisa, ou seja levar meu cães para verem meu corpo e ficarem sabendo de minha morte, para não ficarem me esperando pelo resto de suas vidas.
Há casos pungentes de cachorros que ficam esperando pelos donos até morrerem, até mesmo em estações ferroviárias. É muito triste. E eu penso que um animal de estimação tem o direito de saber o que aconteceu com a pessoa que o criava.