QUANDO PASSAMOS DOS LIMITES?

Ontem ouvi uma mensagem linda do Pr. Marcus Salles sobre Isabel - " E não tinham filhos, porque Isabel ERA estéril, e ambos ERAM avançados em idade" - Lc 1.7. Mas, meu texto não terá nada a ver com a pregação já que o Pastor falou de "ATUALIZAÇÃO" e eu quero falar de "LIMITES".

Uma frase tradicional diz: "o seu direito termina onde o do outro começa". E onde começaria o do outro? Onde o seu limite termina? Por que temos que delimitar um espaço? Será que o outro realmente não sabe até onde ele pode ir?

Ontem o Pastor nos fez lembrar algo interessante: mesmo depois da nossa vitória as pessoas continuam falando de nosso passado, associando-nos ao que aconteceu em nossa vida. Exemplo: você conhece Isabel? Qual? Aquela que era estéril?

Parece engraçado, mas este texto mostra que as pessoas não tem limites e que infelizmente temos, sim, que os colocar, pois senão o fizermos eles passam por cima de tudo.

Por exemplo: as redes sociais tem nos revelado uma falta de paciência terrível, além da imparcialidade e da falta de respeito com muitos que emitem suas opiniões, ela tem nos levado a um patamar de baixeza extremamente grande. Outro dia li uma crítica ao Pr. Silas Malafaia por emitir sua opinião a respeito da mãe que esquartejou o filho, o comentários era uma verdadeira falta de educação; vi críticas a Pra. Flordelis por defender seus filhos. Qual pai/mãe não o faria?; todos os dias vejo críticas ao Lula e ao governo Bolsonaro, todas cheias de palavrões.

Todos temos o direito de falarmos o que quisermos, de criticar e de apontar pontos de discordâncias, mas nosso direito termina quando estendemos nossa crítica para o lado pessoal nos referindo a família e ao próprio sem fundamentos.

Consegue perceber que este tipo de coisa nos tira do foco, quando estendemos nossas críticas as Famílias deixamos de apreciar o belo. Outro dia entrei dentro de um banheiro e fiquei apreciando alguns detalhes, saí de lá falando da Sua beleza. Quantos não estão nem aí, mas se veem alguma coisa quebrada saem falando. Ou seja, claramente nos vemos perdidos em nossas críticas, em nossas palavras e até mesmo em nossos valores.

Quando passamos dos limites? Quando agredimos sem uma solução; quando agredimos sem nenhum argumento; quando agredimos com xingamentos; quando agredimos a família do outro; quando nos envolvemos em críticas sem fundamentos; quando levantamos falso testemunho.

Ninguém mentia, quando diziam: "àquela Isabel ERA estéril". Mas, pra quê falar de algo pessoal? Por que citar algo que era do casal? No caso de Isabel, sua esterilidade era testemunho. Mas, quantas vezes vemos as pessoas citarem a vergonha do outro sem necessidade?

Ele(a) ERA, mas agora, mudou, sim, então, como disse o Pr. Marcus Salles: houve uma atualização. E o seu LIMITE agora é aqui e não mais acolá. Mas, sabe por que você insisti em falar da vergonha do outro ainda? Porque, falta temor - "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo a prudência.” (Provérbios 9:10).

Quem teme não levanta falso testemunho; não fica de ti ti nas redes sociais; não omiti opinião sobre o que não sabe; não vivi discutindo; brigando; agredindo; fazendo pouco caso da opinião dos outros. Quem teme ao Senhor respeita o outro e sabe o seu limite.

"Minhas Palavras, meu Púlpito"