Simples: um abraço, um obrigado, um “cuide-se”

Eu gosto do simples: um abraço, um obrigado, um “cuide-se”. Considero-me um fiel admirador de pessoas simples, porque para mim são as mais belas, aquelas que se deixam guiar pelo bom senso, pela sua intuição e por aquele coração que não conhece artifícios. É curioso e inspirador saber que, atualmente, tanto nas abordagens de desenvolvimento pessoal quanto no campo das grandes organizações, tornou-se moda “resgatar” o valor do simples. De fato, muitos especialistas em marketing e publicidade têm um lema que quase nunca falha “simplifique e algo acontecerá”. Gosto do cheiro das pessoas comuns é a fragrância de respeito, um “bom dia” com um grande sorriso, um “ter cuidado” com grande sinceridade… Sem falsidade em sua bela parece ainda menos em suas almas. Antonio Machado disse “que é típico de homens com cabeças pequenas atacar tudo o que não cabe em suas cabeças”. É sem dúvida um bom exemplo para descrever este tipo de personalidades para quem as coisas simples não têm significado. Eles confundem o simples com “o simplista”. Agora, a simplicidade não tem nada a ver com os ingênuos e menos com os tolos. Na verdade, esse conceito contém um grande poder do qual quase não estamos cientes. A beleza da simplicidade em atos cotidianos

Muitas vezes, muitas vezes se diz que a vida é como uma teia de aranha. Nossas linhas são misturadas em ângulos estranhos, tomamos caminhos errados, nossos esforços não correspondem ao que foi alcançado e, em última análise, foram anexadas a estas realidades assustadoramente complexos e assustadores. Por que nos custa muito nos deleitar com a simplicidade dos atos cotidianos? Por que a vida é tão complicada? De certa forma, tem muito a ver com o que indicamos há pouco. A alma simples e o olhar humilde são dimensões que não se encaixam muito bem em uma sociedade que associa o complexo ao efetivo e, consequentemente, a felicidade. Vendemos computadores com muitos programas, movendo-se com infinitas aplicações, as lojas oferecem-nos infinitos tipos de tratamento do cabelo, e cada dia nos lembram que o que é bom ter muitos estudos, muitos títulos, muitos amigos … A complexidade associada a este ideia de felicidade dourada que, na realidade, nem sempre é cumprida. Algo que devemos ter em mente é que as coisas grandes acontecem quando os pequenos se saem bem e, para isso, nada melhor do que praticar a arte da simplicidade em nossos atos diários.

Movendo-se com calma, estar ciente do que nos rodeia e fazendo uso do senso comum e da intuição são, sem dúvida, as melhores estratégias para desfazer cada nó de nossas complexidades vitais. Devemos confiar um pouco mais em nosso instinto e sermos receptivos à voz do coração.

Às vezes, deixamos passar boa parte de nossa “cota de vida” imersa em esforços frustrados que nos separam completamente do que realmente queremos. Portanto, lembre-se que a complexidade não deve ser admirada, deve ser evitada, porque a arte de saber quais coisas devemos ignorar será a única maneira que nos permitirá encontrar o que realmente merecemos. A saber: amor, liberdade, integridade e realização pessoal.

Brunno Nabuco
Enviado por Brunno Nabuco em 30/05/2019
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