FIM DO MUNDO.
Tanta pressa, tanto suor derramado, tantos sonhos acabados, planos finados. E na rua tudo cala. Tudo passa.
Então por quê?
A ambição de ganhar mais, cada jogo só vencer. Lembranças a morrer. Tudo passa, na rua tudo cala.
Então por quê?
O Pastor, o Padre, os milagreiros, os curandeiros te prometem salvação, em troca de alguns tostões. Na rua tudo passa, tudo cala.
Então por quê?
No fim, tem um abismo, o apocalipse individual. Meu copo de aguardente se acaba. E na rua tudo para, tudo acaba, o silêncio é ensurdecedor.
Então por quê?