Chegou a Juventude do ano! ANDORINHAS!

Aí estão. Chegaram! Os primeiros raios de sol pela manhã lhe deram as boas vindas.

Anunciada a sua chegada com o esvoaçar saudoso á procura do lar deixado um ano antes, as andorinhas lhe cantaram as boas vindas.

Voando sem parar, sempre voando, cantando, reconhecendo o lar deixado antes. Felizes e contentes.

Foi de festa seu primeiro dia. Mas Óh Santo Deus. A maldade humana! Muitos lares já haviam sido destruídos.

É lindo, ver o bailado, como se um bailado seja este ir e vir.Reconstruir ou construir um novo lar. De cada vez,um pedacinho de terra húmida,ir e vir dia após dia, o seu palácio vai ficar pronto.

Começará o nascimento de uma nova família, uma nova vida.

Elas aí estão. Voando, trabalhando, cantando desde o nascer do sol até quando o sol se esconde.

Muitas foram e não voltaram. Mas a família aqui nascida voltou.Não esqueceu o lugar onde nasceu, foi feliz. A continuação da família na própria vida, em família renascida.

Era um jogo do tempo de criança. Lançar pequeninas penas ao vento, ver as andorinhas apanhar voando esse pequenino presente para embelezar seu lar.

Mas no meio de tanta alegria, a maldade humana também existe. Existe e se vê, nas destruição desses pequeninos palácios mesmo antes de acabarem de ser construídos. O seu canto alegre se transforma em piar de tristeza,renovado uma e outra vez, com o esvoaçar e o canto alegre,do recomeço do lar destruído.

Assim foi este ano.Assim foi no passado, será no futuro.

As andorinhas nos trazem a primavera do ano, a primavera da vida, que no próximo ano para muitas não haverá mais Primavera.

Para nós será apenas saudade renovada, até aquele dia que também não haverá mais Primavera!

Quem se não lembra?

Quo Vadis
Enviado por Quo Vadis em 23/03/2019
Reeditado em 23/03/2019
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