ESTAMOS SOB OS CUIDADOS DO SENHOR,SEMPRE.

"Sou pobre e infeliz, mas o Senhor cuida de mim, Salmo 40.

“Eu te bendigo, Pai, porque revelaste estas coisas aos pequenos” (Mateus 11,25).

Esta mensagem esclarece as intenções do Cristo de Deus. Poder-se-ia entender esta frase como afirmação de que Deus fez “revelações especiais” aos pobres e simples. Mas, a que “coisas” se refere Jesus, se não o que se indica para a libertação e o alívio dos despojados, anulados, esquecidos e abandonados?

Poucos se atreveram a colocar na boca de Jesus palavras como essas, audazes e dominantes. Sempre se articula com retoques pertinentes a experiência de Deus de uma maneira onde há distanciamento, no sentido de emoções externadas mais diretamente (não é à toa que a palavra pater, pai na língua grega, e daí a expressão “pátrio poder,” se sobrepõe ao aramaico Abbá, que tem sentido, com doçura, de “paínho,” no jeito baiano de expressar o carinho dos filhos).

Aqui também ocorre o contrário do que a autoridade do nome sugere, a experiência humana de Jesus se harmoniza com o que homens e mulheres mais procuram: cuidado, ternura, solidariedade amorosa. Exatamente porque isso lhes é negado, Jesus Cristo, o homem, ama seus semelhantes como Deus o Altíssimo, Pai de Misericórdia, ama a todos.

Não cabem aqui pseudotranscendências, afirmações da metafísica que exploram a incapacidade humana de pensar sobre o indizível, sem conferir a Deus a plenitude duradoura, permanente, também como incarnação na vida do pobre e necessitado (Sl 40: “...eu sou pobre e infeliz, mas o Senhor cuida de mim!). De fato, o caminho espiritual é mais árduo, um trabalho de busca da essencialidade de Deus e da vida.

Sim, temos aqui a oportunidade de domesticação dos demônios que habitam em nós, fazendo-nos negar o cuidado e a ternura de Deus que devem ser imitados, canalizando as energias poderosas (dynamis) que nos cresce a compreensão do amor solidário, da interiorização recomendada de absolutos que escapam à inteligência prática e induzem à sensibilidade para com a realidade dos esmagados e triturados pelos sistemas de pensar de nossa sociedade, esta que ensina a ganância, o ter-sem-ser, e aparecer-a-qualquer-custo, ocupando espaços enquanto pisoteiam-se os valores da solidariedade e da misericórdia do serviço ao outro e à outra.

Na verdade, as “revelações” aos pequenos e mansos são um desafio à oração dos sábios e detentores do conhecimento. A práxis de Jesus nos remete ao mundo prosaico dos simples, mansos, humildes deste mundo.

Jesus rompe com toda classe de preconceitos sobre Deus, sobre religião; sobre a proximidade e qualidade do amor divino, envolto em ternura, cuidado, graça e misericórdia. Na verdade, Jesus quer abrir o mistério de Deus para todas as gentes, especialmente aos mais enfraquecidos, alijados, os menos “espirituais” (e como se poderia falar de uma espiritualidade da miséria e da opressão como provação para a salvação posterior?).

Nietzsche previu a morte de um Deus assim, insensível, acima das desgraças humanas, entronizado para receber adoração como quaisquer dos deuses deste mundo, como o poder, o dinheiro e o sexo. Aqui, Mateus nos aponta para um Deus maravilhoso, humano , solidário, cuidadoso e terno, ao mesmo tempo.

Estas são as possibilidades ofertadas por Jesus: “Venham a mim, vocês estão cansados, são oprimidos... eu tenho o alívio que procuram”: a pureza, a limpeza do coração, isenções de racionalizações e compensações intelectuais.

O orgulhoso, o confiado em suas próprias forças não pode entender as obras de Deus ligadas ao “Filho”. Somente a partir da obediência filial, do reconhecimento de que nem tudo é permitido, se pode ter acesso ao terno coração de Deus.

Os que se sentem auto-suficientes devido aos seus bens, conhecimentos, cultura e poder, fecham-se para a revelação de Deus, dado que, embora universal, exige uma compreensão e uma “simpatia” que só pode surgir de uma vida de abertura ao querer de Deus.
A íntima união entre o Pai e o Filho, a presença de Deus na atuação de Jesus (“Deus Conosco”) só pode ser reconhecida graças à presença do Espírito do Deus da vida. O conhecimento de Deus não é tarefa intelectual que brote de um esforço de estudo nem da aquisição do conhecimento de que se gloriam os sábios e entendidos.

É fruto de uma experiência filial, nascida na sintonia da própria vida com a vida de Jesus. A força transformadora vem do amor libertador dos que são pisoteados, humilhados, esmagados. O Reino dos Céus, todos os céus, se abre para os que são submetidos a situações de tristeza e dor, à dureza da vida; os que passam por todas as fomes: 

“Venham... eu lhes trago alívio”. Disse Jesus.
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Tenhas um dia abençoado na presença do nosso Pai Celestial.
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