Culpa minha. Cachorro?

“Meus planos (...), como sempre.

Do abandono ao abandono.

Como ás vezes sou ingênuo!

Nas delícias das minhas paixões largo tudo e, junto vou ao chão com tudo.

Como explicar os sonhos (?), se o que tenho são reminiscências do meu futuro já passado!

O que dizer daqueles dias, quando nem os vejo, se os troquei pelas noites dos nossos sonhos.

Sim! Foram assim as minhas vidas, pois, já tive muitas.

Várias são as idéias minhas, contudo, afirmo novamente: ‘São minhas!’

Não te culpo por não compreendê-las, mas, não me culpe pelo seu não entender!

Deste homicídio culposo também sou vítima.

Pelas nossas negligências comprovamos a nossa imperícia de vida.

Fomos imprudentes e imprevidentes em nossos atos, portanto, não se faça só de vítima!

Somos culpados deste crime! Todavia, não tenha medo o juiz é nosso amigo, logo, estamos livres.

Inocentes inconseqüentes. Sim, somos!

Não se esqueça: ‘Eu mesmo posso lamber as minhas feridas’

Mas, jamais irei morder o meu próprio rabo!

Minha querida”

Alexander Moers

Pindamonhangaba – SP

18/09/07