NATAL...
Aos meus parceiros e parceiras que de qualquer forma contribuíram com minha evolução cognitiva, minhas reelaborações sobre os saberes, que permitiram acesso aos conhecimentos mais atualizados... enfim, a todos que me prestigiaram e que permitiram prestigiar outros... feliz passagem por esta data. Que tenha um significado para cada um de vocês. Boas festas!!! FELIZ NATAL.
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Reflexão – leia se sentir convidado.
... uma data controversa. Tudo em torno da data pode ser questionado. Há conhecimento suficiente para se informar e tomar partido frente ao saber sobre ou continuar no conforto do ‘deixa-quieto’ – que é uma forma de crer – ou mudar os conceitos, significados e sentidos que estão na base de nossas crenças.
Socialmente somos convidados para entrar no sistema de consumo que molda e configura como somos valorizados perante aos outros. Se compramos presentes somos capitalistas. Se deixamos de comprar, somos sovina. O poder – que exercemos de diferentes formas – situa-nos em um patamar coletivo imaginário do qual é difícil escapar.
Entre situações possíveis é ideal manter um equilíbrio entre ser e representar. Não podemos ser as duas coisas. Ser implica em não representar. Não ceder ao desejo de consumir. Ser autêntico não é comercial. Não é presente. Não é material. Representar é ser o que o outro deseja que sejamos. Necessário. O outro nos referencia. O equilíbrio nestes tempos festivos é problemático porque somos forjados a comportamentos pouco autênticos. Somos e não somos. Ao mesmo tempo, sim.
Natal para mim é uma data como outra qualquer. Já foi diferente. Já teve outros significados. Melhores? Piores? Não sei. Dependeria de análises elaboradas, aprofundadas. Não possíveis e nem necessárias por ora. Leituras e conhecimentos mudam-me processualmente. E podem mudar qualquer um. Podem.
Algo contra quem festeja e até acredita que tudo seja como se comunica? Não. Apenas provocando para pensar... talvez refletir...
Jesus não é o motivo que se festeja nesta data. A história já o provou. E ainda que fosse sua mensagem está distante do que acontece na mais sagrada família moderna.
Temos dificuldades de ser natalinos. Os desafios de ‘ser humano’ desmoronam diante de modesta reflexão sobre os critérios que se fazem necessários para a fraternidade que ‘ser humano’ implica. Fazemos de conta. Não fazemos. Fingimos que não fazemos.
O conforto vem do imaginário que somos bons quando o somos para os nossos próximos. Talvez, seja esse o destino. Ser para os mais próximos e considerar os mais distantes. Apenas considerar. Ser e representar. Ser é fazer o que penso ser o adequado para quem está perto. Perto de mim, família, parentes, ‘amigos’. Distante são os que não se enquadram nas minhas relações. A esses, considerações... que merecem um feliz natal, uma festa, uma ceia..., Como? Sob que condições?
Aí... já são perguntas para o ano que vem.
Você leu até aqui?
Merece mais um Feliz Natal!
Abraços.