Neurótica-carente versus neurótica-independente

Neurótica-carente versus neurótica-independente

15/06/2015

Tenho observado as mulheres. Concluí que existem dois tipos curiosos: as neuróticas-carentes e as neuróticas-independentes.

As neuróticas-carentes são aquelas que acreditam fielmente que só serão felizes quando encontrarem um homem pra casar. Elas projetam toda a felicidade e bem-estar num ser que ainda nem entrou em suas vidas mas já tem essa difícil missão: suprir toda a carência e falta de amor-próprio que fazem da mulher a mais pobre vítima nesse mundo. Tem também a complicada missão de aumentar a auto-estima e fazer de tudo para que a pobre infeliz se sinta de uma forma que ela mesma não sabe como e não deixar que nada falta pro bem-estar da mesma.

Acho que o que esse tipo quer mesmo é um super-homem ou aqueles de filme, perfeitos, lindos, cheirosos, que nunca fazem nada que aborreça a mulher, ou seja, um personagem fictício.

As neuróticas-independentes ao contrário, elas não precisam de homem. Algumas até tem os seus maridos, mas eles não são empecilhos para conseguirem ou alcançarem aquilo que os egos inflados e mercenários tanto almejam: sua total independência financeira para não dependerem de ninguém. E, por conseguinte, não levarem desaforo para casa e muito menos aguentam mau-humor de marido. Mandam eles calarem a boca ou procurarem a porta de saída se não estão satisfeitos. Umas até dominam os seus parceiros com um poder tão grande que parecem até os machos da casa.

Querem o poder, não querem ser mandadas, querem dar a última palavra e tudo tem que ser do jeito delas ou então o inferno se instala dentro de casa.

Tanto um tipo ou outro são infelizes. São amargas e de difícil convivência.

Seria tão mais fácil se, ao invés dessa quebra de braço, homem e mulher se unissem para tornar a relação mais leve e prazerosa. Nessa competição não existe vencedor, só perdedor. Perde o marido, que não tem sua esposa feliz e amável. Perde a mulher, porque o homem não agüenta uma mulher amarga. E, principalmente, perdem os filhos, que, além de não terem culpa de nada disso, vêem os pais se degladiando em casa numa disputa incansável de quem pode mais ou dá a última palavra.

A verdade é, com ou sem marido, se não pensarmos em nós e não cuidarmos primeiro de nós, não adianta a vida ser perfeita do lado de fora, pois vamos olhar com a alma infeliz.

E quando olhamos assim, não adianta ser casada com o melhor homem do mundo e ter a vida mais maravilhosa, porque tudo que vamos ver é o que nos falta, por dentro.

Jo Leitte
Enviado por Jo Leitte em 31/10/2018
Código do texto: T6491030
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