Relação ou tortura?

Relação ou tortura?

04/06/2015

Vou viver mil anos e ainda não vou entender porque duas pessoas que visivelmente não se suportam continuam juntas em nome de alguma coisa que pode ser qualquer uma, menos amor.

Está na cara, no olhar, no jeito de falar que aquilo está muito além de uma boa relação. Quando uma das partes tem que se anular pra continuar com esse tipo de situação com certeza a coisa não está boa. É tão pirado ver duas pessoas juntas, quando preferiríamos que elas tivessem um em cada planeta do universo.

É uma relação tão doentia o fato de se esconderem em um confortável ”casamento”, sim, porque me atrevo a dizer que o único motivo de esses dois seres continuarem a habitar sob o mesmo teto e a dita regra de que estar casado é bem melhor que separado ou sozinho.

Principalmente pra mulher. Não adianta ela ser bem sucedida, ser independente, que se responder aquela pergunta infeliz afirmativamente de se está sozinha, pronto! Vem os olhares de pena como se tivesse sofrendo a mais horrenda depressão.

Digo isso porque é muito melhor, às vezes, estar realmente sozinha do que numa dessas relações doentias que só servem de fachada pra sociedade.

Não que eu ache melhor viver sozinha, longe disso, só não concordo em duas pessoas infelizes fazendo outros ao redor passarem por situações ou climas decorrentes dessa doença.

Se querem se odiar, tudo bem, se querem se suportar, ótimo. Mas os seres a sua volta não têm culpa se você fez uma escolha lá atrás e agora acha que tem que carregar essa mala social pra todo lado.

Acredito no casamento, acredito numa relação saudável mesmo que passem milhões de anos. Mas isso dá um trabalho danado e nem sempre os moderninhos de hoje, acostumados com internet ultra-rápida, comida de micro-ondas, que não conseguem nem esperar o elevador chegar que logo ficam apertando o botão pra ver se chega mais rápido, acho difícil “perderem seu tempo” tentando consertar uma relação que não está lá essas coisas.

Claro que não devemos sofrer, mas, se fizemos uma escolha, seja em que altura da vida foi, temos apenas uma solução entre duas: ou assume que vive isso ou então separa de vez. O que não dá é ficar com a pessoa e reclamar ou tratar como se fosse um cachorro sarnento, e, vamos combinar, até o cachorro merece respeito.

Jo Leitte
Enviado por Jo Leitte em 24/10/2018
Código do texto: T6485339
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