TEMPOS DE ELENÃO E ELESIM
Em tempos de #EleNao e #EleSim, eu defendo o respeito!
Daqui 30 ou 40 anos, se eu não tiver morrido vítima de um 'vítima da sociedade', só me restará lembrar deste ano de 2018 como o ano em que o povo temeu a mudança e ao menos 51% acreditou na maravilha de país que vivia, um país fome zero, com um pequeno índice de mortalidade gerada pelo crime, porque nossas fronteiras são muito seguras e o governo tem investido muito em segurança combatendo o crime organizado dentro do país, onde o Sistema Único de Saúde- SUS era tão aprovado que tanto ricos quanto pobres o utilizavam, e como não haviam fraudes, dificilmente alguém morria nas filas à espera de uma cirurgia de alto risco, quem dirá uma simples; a educação naquele tempo era muito boa, dificilmente se via professores e funcionários da educação fazendo greve em busca de reconhecimento, e apenas porque havia uma grande número de negros, índios e pessoas com alguma patologia é que existiam as cotas, mas tudo bem para minha geração, era melhor ter cota racial por exemplo, do que admitir que o ensino precisava de reformas e melhorias, o número de desempregados naquele ano era um dos menores dos últimos tempos, a indústria tinha um alto crescimento, existiam desde micro-empresas à grandes estatais, todas com um excelente rendimento e a máquina pública funcionava perfeitamente, e direi aos meus filhos e netos, que não viveram esse ano, que foi por isso que 51% dos cidadãos escolheram permanecer com a mesma 'família' de governantes da última década;
Mas se o resultado for 51% para o outro lado, direi aos meus filhos e netos, que em 2018 havia uma parcela fadada de ver parentes e desconhecidos morrendo nas filas dos hospitais à espera de cirurgias, de ver os corredores dos hospitais superlotados, onde era dificultoso até para se andar, imagine empurrar uma maca, lembrarei da quantidade de empresas fechando suas portas, e o índice de desemprego subir como nunca visto antes, as empresas fechavam ou por falta de faturamente, ou por não suportar mais trabalhar para o crime, pois mal se recuperavam de um assalto, já eram vítimas novamente; a educação estava um verdadeiro caos, professor além de ter que lutar para receber seus subsídios, tinha que responder até processo, em brigas judiciais com os "protegidos de papai" vítimas da falta de ordem descrita na bandeira brasileira; naquele ano já era difícil se sentir seguro dentro de casa, quem dirá sair à rua com o filho, sorte de quem saia e conseguia voltar ileso e com todos os seus pertences, tanto os que havia levado quanto os que houvera deixado, e foram esses 51% de cidadãos que fizeram a diferença no dia 28 de outubro de 2018.
Não defendo uma ideologia política, defendo a vida, tanto a minha, quanto a do pai de família, que assim como o meu pai, sai todos os dias em busca do melhor, defendo a educação de qualidade, assim como a que tive na maioria das escolas em que estudei, em Minas, em Goiás e em Tocantins, defendo uma saúde de qualidade, assim como a que os políticos ostentam às minhas custas, defendo a segurança, porque apesar de tudo eu ainda acredito na polícia brasileira, por fim, defendo o Direito de escolha e a liberdade de expressão, porque independente de qual lado você esteja, assim como eu, você tem seus motivos para estar deste lado.