É preciso proibir as pesquisas eleitorais
Não tornaria ao assunto se as tais não estivessem aí, num paroxismo, pela mídia, diariamente, bombardeando os cidadãos.
A pesquisa eleitoral não adivinha o resultado da eleição: ela o provoca. Influenciados pelos números, muitos eleitores desistem de votar em determinados candidatos porque "não têm chance de vencer". Aí fazem o voto útil: não votam quem apreciam e confiam, votam em quem pode derrotar aquele nome que não desejam. Isso acontece principalmente no segundo turno.
Como as pesquisas são pagas, isso é mais uma razão para nelas não confiar. E quem garante a idoneidade? Além do mais, num universo de, digamos, 100 milhões de eleitores, indagar a dois ou três mil, prova alguma coisa?
Desde que retornou o sufrágio universal na eleição presidencial em nosso país, que as forças por trás das pesquisas empurram o eleitorado para a polarização do segundo turno, e sempre com candidatos ruins, para não falar pior.
Quase sempre, mesmo a nível municipal ou estadual, para o cargo executivo eu anulo o meu voto para não escolher entre Satanás e Belzebu. E não me venha alguém dizer que estou me "omitindo" pois não é por minha culpa que dois estropícios chegam ao segundo turno.
Faz parte da tática derrubarem previamente nas alegadas intenções de voto, determinados candidatos melhores. Eu vejo isso acontecer desde 1982. Agora, no campo presidencial, a conspiração é contra Marina Silva. Ela, que é mil vezes melhor que os dois mais cotados nas prévias, juntos.
Quando surgirá neste país uma voz forte, pleiteando a proibição legal das pesquisas eleitorais, que evidentemente tiram a liberdade dos eleitores e desvirtuam o processo?
A coisa chega a tal ponto que, quando a pesquisa se engana, há reclamações, como se fosse crime o êrro. Então, pergunto: se é a pesquisa que decide o resultado para que nós saímos para votar? Por que então não empossar simplesmente quem estiver na frente?
Não seja maria-vai-com-as-outras. Prestigie o seu direito de escolha e ignore as pesquisas.
Rio de Janeiro, 25 de setembro de 2018.
Não tornaria ao assunto se as tais não estivessem aí, num paroxismo, pela mídia, diariamente, bombardeando os cidadãos.
A pesquisa eleitoral não adivinha o resultado da eleição: ela o provoca. Influenciados pelos números, muitos eleitores desistem de votar em determinados candidatos porque "não têm chance de vencer". Aí fazem o voto útil: não votam quem apreciam e confiam, votam em quem pode derrotar aquele nome que não desejam. Isso acontece principalmente no segundo turno.
Como as pesquisas são pagas, isso é mais uma razão para nelas não confiar. E quem garante a idoneidade? Além do mais, num universo de, digamos, 100 milhões de eleitores, indagar a dois ou três mil, prova alguma coisa?
Desde que retornou o sufrágio universal na eleição presidencial em nosso país, que as forças por trás das pesquisas empurram o eleitorado para a polarização do segundo turno, e sempre com candidatos ruins, para não falar pior.
Quase sempre, mesmo a nível municipal ou estadual, para o cargo executivo eu anulo o meu voto para não escolher entre Satanás e Belzebu. E não me venha alguém dizer que estou me "omitindo" pois não é por minha culpa que dois estropícios chegam ao segundo turno.
Faz parte da tática derrubarem previamente nas alegadas intenções de voto, determinados candidatos melhores. Eu vejo isso acontecer desde 1982. Agora, no campo presidencial, a conspiração é contra Marina Silva. Ela, que é mil vezes melhor que os dois mais cotados nas prévias, juntos.
Quando surgirá neste país uma voz forte, pleiteando a proibição legal das pesquisas eleitorais, que evidentemente tiram a liberdade dos eleitores e desvirtuam o processo?
A coisa chega a tal ponto que, quando a pesquisa se engana, há reclamações, como se fosse crime o êrro. Então, pergunto: se é a pesquisa que decide o resultado para que nós saímos para votar? Por que então não empossar simplesmente quem estiver na frente?
Não seja maria-vai-com-as-outras. Prestigie o seu direito de escolha e ignore as pesquisas.
Rio de Janeiro, 25 de setembro de 2018.