Os equinócios acontecem duas vezes por ano, em março e em setembro, e determinam a entrada do outono e da primavera , como acontece hoje. Mas você sabe o que isso significa? O fenômeno “é o momento em que o Sol incide com maior intensidade sobre as regiões que estão próximas da linha do Equador”.
Assim, o Sol passa exatamente no meio da Terra e os dois hemisférios do planeta – norte e sul – recebem a mesma quantidade de luz, o que resulta em dias quase simétricos, o que já é anunciado pela origem da palavra: afinal, 'equinócio' vem do latim aequinoctium, que une aequus: igual; e nox: noite.
São aproximadamente 12 horas de período claro e outras 12 horas para a escuridão. Assim, a partir deste momento, a estação do ano mudou: se aqui no Brasil o inverno ficou para trás, os países do hemisfério norte, neste sábado, presenciam a entrada do outono.
Divulgação/Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Este evento pode ser explicado por dois fatores interligados: o movimento de translação da Terra e a inclinação de seu eixo. Como o planeta está em constante movimento ao redor do Sol em um eixo inclinado, os raios solares vão incidir de formas diferentes, ao longo do período de um ano, sobre a superfície terrestre, como explica a ilustração acima.
Como observar um equinócio
As antigas civilizações usavam a astronomia e, em especial, os movimentos solares, para diversas funções – inclusive para organizar alguns setores da sociedade. “A observação cotidiana e contínua do Sol permitiu aos antigos identificarem e qualificarem a duração do ano, percebendo que as mudanças climáticas e os ciclos da natureza estavam associados”, explica a professora adjunta do departamento de astronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Daniela Borges Pavani.
Foi assim que civilizações como os Maias, na América, dentre outras, perceberam e marcaram quatro dias específicos durante o ano, que representavam momentos de transição, justamente os equinócios e solstícios.
Hoje em dia, é possível usar as mesmas técnicas do passado para identificar esses eventos. Uma maneira simples, segundo Tânia Maris Pires Silva, é observar o sol no horizonte. Durante um equinócio, a estrela vai nascer exatamente no ponto cardeal leste e se pôr no ponto cardeal oeste.
Outra maneira de perceber um equinócio, complementar à primeira, é fincar uma vara perpendicularmente no solo e, pouco a pouco, marcar o comprimento de suas sombras com a ajuda de cordas. Assim, a figura formada nos permite obter as direções do pontos cardeais para podermos identificá-las nos dias de transição – equinócios e solstícios – como explica Pavani, também diretora do Planetário da UFRGS, que realiza hoje a Celebração Intercultural da Primavera, com atividades para o público geral, escolas e grupos.
E os solstícios?
O verão e o inverno, por outro lado, são marcados por um outro fenômeno astronômico, também relacionado à movimentação da Terra e à inclinação de seu eixo. Os solstícios, que acontecem nos meses de junho e dezembro, ocorrem quando um hemisfério recebe mais luz solar do que o outro, evento oposto ao que dá início ao outono e à primavera.
Fonte IG
Assim, o Sol passa exatamente no meio da Terra e os dois hemisférios do planeta – norte e sul – recebem a mesma quantidade de luz, o que resulta em dias quase simétricos, o que já é anunciado pela origem da palavra: afinal, 'equinócio' vem do latim aequinoctium, que une aequus: igual; e nox: noite.
São aproximadamente 12 horas de período claro e outras 12 horas para a escuridão. Assim, a partir deste momento, a estação do ano mudou: se aqui no Brasil o inverno ficou para trás, os países do hemisfério norte, neste sábado, presenciam a entrada do outono.
Divulgação/Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Os movimentos da Terra e a inclinação de seu eixo determinam o acontecimento de fenômenos como o equinócio
Este evento pode ser explicado por dois fatores interligados: o movimento de translação da Terra e a inclinação de seu eixo. Como o planeta está em constante movimento ao redor do Sol em um eixo inclinado, os raios solares vão incidir de formas diferentes, ao longo do período de um ano, sobre a superfície terrestre, como explica a ilustração acima.
Como observar um equinócio
As antigas civilizações usavam a astronomia e, em especial, os movimentos solares, para diversas funções – inclusive para organizar alguns setores da sociedade. “A observação cotidiana e contínua do Sol permitiu aos antigos identificarem e qualificarem a duração do ano, percebendo que as mudanças climáticas e os ciclos da natureza estavam associados”, explica a professora adjunta do departamento de astronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Daniela Borges Pavani.
Foi assim que civilizações como os Maias, na América, dentre outras, perceberam e marcaram quatro dias específicos durante o ano, que representavam momentos de transição, justamente os equinócios e solstícios.
Hoje em dia, é possível usar as mesmas técnicas do passado para identificar esses eventos. Uma maneira simples, segundo Tânia Maris Pires Silva, é observar o sol no horizonte. Durante um equinócio, a estrela vai nascer exatamente no ponto cardeal leste e se pôr no ponto cardeal oeste.
Outra maneira de perceber um equinócio, complementar à primeira, é fincar uma vara perpendicularmente no solo e, pouco a pouco, marcar o comprimento de suas sombras com a ajuda de cordas. Assim, a figura formada nos permite obter as direções do pontos cardeais para podermos identificá-las nos dias de transição – equinócios e solstícios – como explica Pavani, também diretora do Planetário da UFRGS, que realiza hoje a Celebração Intercultural da Primavera, com atividades para o público geral, escolas e grupos.
E os solstícios?
O verão e o inverno, por outro lado, são marcados por um outro fenômeno astronômico, também relacionado à movimentação da Terra e à inclinação de seu eixo. Os solstícios, que acontecem nos meses de junho e dezembro, ocorrem quando um hemisfério recebe mais luz solar do que o outro, evento oposto ao que dá início ao outono e à primavera.
Fonte IG