TRANSPONDO BARREIRAS
E cada um,
veio revestido da luz,
faltando apenas,
a conscientização.
Elos de eternidade já haviam feito à conexão,
porém o homem se permitiu amedrontar
e com o medo,
vieram às dificuldades entre circunstâncias.
O que deveria ser sol
deixou nuvens espessas comunicar vínculos de atenção.
E a vida foi acontecendo...
a rotina alcançou níveis elevados
e o amor não encontrou a força para sobrepujar as estações.
Lágrimas se fizeram rios.
Rios que não descobriram a fórmula do mar,
então o coração foi ficando aflito,
mas a matéria fingiu não perceber
e tocou o mundo na ilusão de reverter o quadro.
Quando abriu a janela do olho,
o problema criou barreiras intransponíveis
e o corpo abalado já havia desprezado as qualidades
e, também as qualificações.
Deixando, apenas exposto o espírito
repleto de máculas.
Qual o porto para descansar dos estigmas
e onde colocar agora a âncora do navio?
Vejo agora que é difícil se despedir desses velhos conceitos,
que até mesmo a luta por suave repouso embaraça-se no caminho e o pensamento não vê clareza alargada de possibilidades.
E tudo porque a ponte do encontro foi utilizada na teoria e não na prática.
Sem Deus o homem nunca reproduz vida em abundância,
tem oásis, mas tudo o que compreende são os desertos.
Possui o sopro da cativante serenidade,
porém o barro exerce em seu conteúdo a relação do pó.
E a vida de Deus se despede quando ele distante da gratidão,
por riscos a sua existência, por medo de ser feliz.
Fim desta, Cristina Maria O. S. S. - Akeza.