De boas intenções o inferno está cheio!
Diz a Lei!
Toda mulher! Toda!
Independentemente de classe, raça,
etnia,
orientação sexual,
renda,
cultura,
nível educacional,
idade e religião,
goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana,
sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência,
preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social.
Serão asseguradas às mulheres as condições para o exercício efetivo dos direitos à vida,
à segurança,
à saúde,
à alimentação,
à educação,
à cultura,
à moradia,
ao acesso à justiça,
ao esporte,
ao lazer,
ao trabalho,
à cidadania,
à liberdade,
à dignidade,
ao respeito
e à convivência familiar e comunitária.
Palavras, são palavras!
As palavras podem ser bonitas!
Podem ser poéticas!
Podem ser vazias!
As Leis são palavras!
Apenas palavras!
Palavras vazias que não asseguraram o direito ao bem maior, a vida, a tantas mulheres!
Quantas Marieles, quantas
Tatianes, quantas Julianes, quantas e quantas senhoras e senhoritas, precisarão morrer para que estas palavras bonitas descritas nas Leis, tenham de fato o verdadeiro valor daquilo que se propõe?