ESPLENDOR EM SONO...
E das vis profundezas
Do vácuo parco do espaço
Do constante tudo e nada
Despertado se fora,
Se ejetou de um sono
Da cápsula do sossego,
Sono esplêndido, em que
Com nada se sonhava,
E despertou-se, para
O denso intenso turbulante
Da vida corpória transitante
À si dada, pois, antes
Alma somente se era,
Enquanto, no silêncio
Dos inocentes se dormia,
Adormecido se estava...
Hoje, a insônia torpe
Não deixa se dormir em paz,
Devido estridências tais
De barulhos oriundos
De inquietantes quânticos,
Réus de suas culpas
E que julgados serão e que,
Por seus atos pagar-se-ão,
E, quanto aos inocentes,
Nada a temer ter-se-a,
Pois nada devem, tal que,
E terão esplendores
De sono tranquilo...