NÃO aceito VIOLAÇÃO de DIREITO.

"Parece que já se acostumou a destratar o outro ou desrespeitá-lo naturalmente. Não importa quem ele seja. Em nome de uma religião, credo, dogma, convicção, ideologia ou mesmo destituído de fundamento ou segmento, parece que só deve imperar a ideia de um, enquanto o outro perde. Um chora e o outro sorri. E tem que ser assim?

Numa sociedade que é vítima do Estado e dos poderes constituídos não me exija mais do que faço, não me force a me acostumar com abusos, em aceitar a soberba do colega em detrimento do meu desejo só porque ele é 'bem nascido' e detém certa influência. Sinto em dizer mas, não aceito violação de direito, e principalmente, se disser respeito ao meu, a minha vez de fala, a minha oportunidade de manifestação, voz.

No que se refere aos abusos que temos sofrido desde tempos remotos em nome do direito da coletividade, por um 'bem maior',não posso, sozinho, reagi contra. Mas, com relação às flagrantes deturpações e privilégios de alguns em detrimento dos meus, não posso conviver fingindo não sentir tamanha dor, se a minha aparência traduz nitidamente a minha indignação.

Independentemente de pertencer a grupos, incentivar ou converter-se a alguma causa que me valha, represente, quanto ao desmedido prestígio de poucos à custa dos abusos dos direitos de muitos, não me acostumarei com tamanha desumanidade, e, já que não devo ir de encontro diretamente, posso me insurgi posicionando-me contra a sua propagação, a fim de não me deixar alienar como muitos já autorizaram. Não perderei o pouco direito que adquiri. Lutarei cada dia por menos violações e mais concessão de direitos, ainda que custe os meus.

A vida é luta, mais para uns que para outros. Resistência é o meu nome, empoderamento o meu sobrenome, emancipado é minha real condição de vida/estado, e abolicionista é como me vejo. Procuro a liberdade de fato, sem amarras ou limitações e o respeito a minha condição humana, sempre."