"desRESPEITO? NÃO ACEITO!"
“Parece que chegou o tempo em que todos decidiram levantar a bandeira de algo, fazer incentivo a... , ou autointitular-se ativista, só falta existi a campanha: procure uma causa para segui, um ideal para viver, uma motivação para a sua existência. Ah, e o pior: Formam-se grupos e cada um defende um setor: religião, etnia, gênero, forma de viver e demais agruras humanas. E se digladiam entre si, tem que mostrar quem está com a razão, pra quê?
Valoriza-se tanto o direito de expressão, conquistado com muita luta, e, ao mesmo tempo, estereótipos se formam através dos grupos. E perguntam: Você é de direita ou de esquerda? Religioso ou cético?Católico ou Protestante? De determinado grupo ou não? Como se os que não fossem devessem ser desconsiderados. Ou pior, como se, sabendo a sua resposta pudessem enquadrá-lo num grupo e forjar o seu perfil, as suas futuras decisões. E assim, pudessem interpretá-lo ou melhor, traçar o futuro da humanidade, seus desejos, motivações, percursos e, principalmente, seus fins. Será? Parece que em vez de desconstruir os preconceitos já existentes estão, sem perceber, construindo tantos outros.
Agora me responda: Aceitar a diferença é tão difícil assim? Vê-se no outro e considerá-lo normal custa tanto? Talvez, por isso os índices de fanatismo, qualquer deles, ideológico, religioso, crescem tanto e pessoas se consideram, na verdade, uma melhor do que a outra.
Ver o homem dizendo-se civilizado, cristão, desejoso de alçar vôos, clamando por justiça, mas ao mesmo tempo, agindo desrespeitosamente, desconsiderando o seu semelhante, querendo superá-lo, denegri-lo, subordiná-lo a qualquer custo, de qualquer forma. Não é assim? Avise ao homem da Pós-Modernidade, da Era do Vazio, Era Apocalíptica, Modernidade Líquida, que a vida é fugaz, passa rápido, mas que estamos lidando com pessoas, que possuem sentimentos, que não podem ser usadas e descartadas. Isso não é um jogo, em que só há um vencedor, nem ganha quem sobrevive até o seu final.
Sinto em dizer: a profecia já foi dada desde o início da existência, o grande mal da humanidade não é pecado, doença, crime, dinheiro ou qualquer exploração do homem, mas a sua inconsciência frete ao seu semelhante, a sua falta de misericórdia demonstrada no momento em que não se respeita o outro, apenas se tolera.
O que pode ser percebido com as múltiplas propagandas que pregam o respeito, exigindo o básico, o que deveria ser concebível e exigível de cada homem no seu trato com o outro. Todos sabem que nada justifica o desrespeito. Sempre digo: Você pode até não gostar de mim, mas, no mínimo, tem que me respeitar. Conclui-se que,falta respeito verdadeiro, não só agora, nem somente por causa da mídia, mas de verdade e sempre, o que prova que o ser humano é o seu próprio mal, pois até hoje não conseguiu superar-se e, ao ver o outro, tenta aniquilá-lo a qualquer custo, como se este estivesse em plena concorrência consigo mesmo.
Realidade crua. O homem não se respeita e mostra com as suas condutas quem realmente é, sua falta de ética humana determinam o seu presente, e, pior, delimitam os seus passos futuros.
Não queira aparecer, não levante a bandeira “x” ou “y”, seja, esteja no anonimato, considere o outro, ainda que diferente, como irmão seu. Veja-se nele e procure tratá-lo com humanidade. Afinal, é para isso que a vida serve, para nos mostrar o quanto podemos ser melhores.”