Todas as Marias do mundo...
Na vida, para bilhões de pessoas, há muita rudeza desde a concepção, ainda assim são também incontáveis histórias de carinho, devoção e generosidade, sentimentos que caminham junto às almas velhas, espíritos encarnados mais evoluídos graças ao conhecimento conquistado que os faz mais sensíveis, menos embrutecidos, razão para serem mais ternos e fraternos, impulsionando os irmãos adormecidos que necessitam de um pequeno ou maior empurrão.
As Marias, mães do mundo, em geral assim o são, desde sempre, quando a mãe de Jesus tudo suportou pelo seu filho, elas nutrem um amor que transcende as relações apenas humanas e se conectam ao que é mais sublime, o olhar de mãe.
Quantas Marias, já sofrendo com as escolhas de seus filhos, aturam outros lhes deitando falação pelos cantos, pelas ruas ou pelas mídias, apontando-lhes execrações com dedos e línguas nervosas e inquietas?
As mães que ainda serão, que partejam, que adotam, que cuidam, que colocam limites, que pedem para avisar quando e onde os filhos e filhas chegaram, que estão entre nós ou que já nos antecederam no plano espiritual, que estão prestes a parir, que estão aprendendo com os nenéns recém-chegados, que acolhem os nascidos com necessidades especiais, que fervorosas rogam ante doenças graves que ameaçam seus filhinhos, que se resignam ante o desencarne aparentemente precoce de seus pequenos, todas elas, tal e qual Maria, não tem jeito, amam, amam e amam.
Obrigado à minha mãe querida, Gilda, que se foi cedo e com quem falo todos os dias.
Obrigado a Deus e à Maria, mãe de Jesus, pela família que tenho e oportunidade de mais uma vida.
Filhos e filhas, cuidem de suas mamães.
Com carinho, um beijo grande a todas as mamães.
Fiquem bem, fiquem com Deus.
Paulo Afonso de Barros
Maio de 2018