Somos Interpretáveis
“Tudo é interpretável. E esta interpretação pode ser da mais exagerada a mais simples, da mais rebuscada a mais simplória. Vai depender, na verdade, da forma de ver, da palavra utilizada na tentativa de traduzir perfeitamente o seu entorno e, precisamente, o que se vê ou se quer dizer. A interpretação dependerá das palavras corretas que traduzam bem o que se sente, vê, percebe e apercebe, o que já é outra interpretação da primeira interpretação.
Tudo comunica, tudo fala por si e cada percepção também dirá algo.
Restará aos sentidos humanos senti-los, percebê-los, compreendê-los, interpretá-los.
Com isso visualiza-se o quanto somo interpretáveis, mesmo quando estamos calados.
Nossas roupas falam, nossas ações dizem e tudo induz ao que somos, ao que gostamos ou fazemos. Somos não só interpretados e traduzidos, mas interpretáveis em todo tempo quando usamos, agimos, vestimos e demonstramos ser.
O nosso enigma individual e subjetivo é decifrado a partir das mínimas cores que usamos, gosto que temos, escolhas que fazemos e maneiras de agir.
Contribuímos para desvendar o segredo pessoal e próprio de nós mesmos ao agirmos, e quem conhece um pouco das relações humanas se assemelha ou não contigo ou comigo, isto é, compreende-nos pouco ou o suficiente para nos seguir.”