NEM SEMPRE...
Nos caminhares feitos por aí
Aprende-se a se precaver
Dos obstaculares reversos,
Pois nem sempre se faz
Um caminhar lívido e suave,
Pedras, paus e espinhos
Podem danificar o solado
Do calçado que se use...
As dores dos calos devem
Serem bem vindas, até porque,
Elas purificam o viver perambular
Que se tenha, e, as lágrimas choradas
Fazem parte desse purificar-se,
Elas agem como tempero,
Acoplando choros e risos...
As pedras, paus e espinhos,
Se precisam deles, para que se veja
Por onde pisar se deva,
Apesar das quedas em desequilíbrio,
Se necessita seguir em frente,
Se precisa chutar as pedras e os paus,
E retirar os espinhos dos caminhos
Para se obter trânsito livre
No se trafegar pelos mesmos...