POLINDO A PEDRA BRUTA

Grato, gratíssimo, pela pronta e reflexiva interlocução. A tua sempre presença no acompanhamento de minha obra em prosa e verso estimula e como resultado, premia-me nesta denodada e já longa entrega aos irmãos de condenação ao pensar. Gosto muito quando o interlocutor constrói o intertexto acicatado pela similitude de percepção, análises e vivências, como parece o caso em voga. Parece-me ser este fado – a saga vivencial – o que aconselha a que estejamos juntos na confraternidade acadêmica. Sinal de que estamos em sintonia; que o Absoluto está em nós, solerte, porém indômito de desejos e cismas. É urgente que continuemos a nos arriscar ao apostar na Poesia como proposta de felicidade momentânea. Necessito desta resposta que o Absoluto me permite através das chaves do Mistério e suas incógnitas. Então, o que seria de mim se não fossem estas íntimas conversas que levam a descobertas, piamente orientado e ativo na sina permanente de "polir a pedra bruta” em busca do distante território da sabedoria... Tudo é sempre muito pouco quando se trata de tentar vir a ser melhor ao coletivo. É importante e útil perseguir o objetivo. Sabemos todos que o tempo urge.

– Do livro A VERTENTE INSENSATA, 2017.

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