A MEDIOCRIDADE DO HOMEM
“Vede quão medíocre és, e débio, e nú.
Cuja vivência traz em si as marcas da sobrevivênca e olhando para ti confirma-se o preço do viver, do viver aqui.
Castigo maior não haveria que aprisionar-se num corpo de homem deixando por sua exclusiva conta a forma de existência neste mundo cão, cujo capitalismo impera e as desigualdades assolam cada vez mais. Não sendo isso suficiente ganhou como destino implacável viver neste país, rico por natureza, mas desigual desde a essência.
Aceitas esta condição? Era a pergunta que deveriam fazê-lo. A qual nunca fora proferida. Restando-lhe conviver nesta sua condição natural de ser, comum, homem medio, (homini medio), e saber bem usufruir deste duro privilégio.
Eis a sua real e modéstia condição humana. És, desde a sua gênese, indigno pela própria natureza humana, pelo simples fato de ser homem-humanus”.