DAS QUOTIDIANAS DESCOBERTAS

Cada um escolhe o seu caminho. Eu tive vários mestres na minha vida. Na Poesia foi o professor e poeta Zeferino Paulo Freitas Fagundes, meu mestre no direito da UFRGS, e me que me levou para a CAPORI como seu assessor. O outro, no associativismo cultural e poético, foi Nelson Fachinelli. Eles me mostraram o caminho, o restante coube a mim mesmo e me reconstruo todos os dias. Tenho uma imensa dívida para com os seus espíritos. Sou-lhes muito agradecido. Os livros têm sido o meu travesseiro de pensar e sonhar. Não busco a perfeição, e, sim, a verossimilhança como a verdade plausível. E, como acho que a figura do poeta provém do amor ao semelhante, com muito sentimento de apreço à confraternidade, aprendo com o meu interlocutor e procuro abrir o coração a todos aqueles que confidenciam o seu íntimo ao poeta que me habita e aos meus alter egos. E me sinto útil por isto. A felicidade está sempre ao alcance da mão, e vem à esteira das descobertas cotidianas. Muito grato por tua bondade e magnanimidade. Por certo que falamos linguagem similar. Continua cerrando fileiras neste sentido. O mundo necessita de pessoas que se completem no outro. É assim que eu recebo o teu coração, que, nesta hora, é o meu espelho. É nele que me questiono. Não feito um narciso, o apaixonado por si próprio, e, sim, tal um sísifo, em sua permanente condenação ao reconstruir-se...

– Do livro A VERTENTE INSENSATA, 2017.

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