Meus pêsames...
28/04/2017.
Menino ainda eu era
E sempre vivi de espera
Da nossa situação .
A mesa dos outro era cheia
E sempre lá tinha ceia
Na minha casa? Feijão.
De casa em casa ia passando
De tarde esgurejando
Pra alguma coisa eu ter
Na hora de seus jantar
Eu ficava a esgurejar
Com vontade de comer.
Lembro João Figueiredo
E o presidente Tancredo
Eleito sem assumir
Sarney que foi governando
E o nosso rumo marcando
Pra onde devíamos ir.
Pelo voto popular
Collor esteve a governar
E escondido roubando
Dizem, não posso afirmar
Mas foi seu vice Itamar
Quem lá ficou governando.
Mais 8 anos passou
FHC governou
À moda americana
Era o FMI
Quem decidia por aqui
O preço até de banana.
O Lula que presidiu
Depois o nosso Brasil
Por 8 anos também
Foi dessa era pra cá
Que o pobre pôde arranjar
Pras tripas que o bucho tem.
Daí sua vez passou
A Dilma ele indicou
Pro progresso prosseguir
Duas vezes o povo atendeu
E a dona Dilma elegeu
Pra governar conseguir.
Daí cada “cidadão”
De Brasília era ladrão
O povo ficou sabendo.
Mensalinho, mensalão
E a Lava jato do cão
Foi a tudo esclarecendo.
A Dilma ficou pra trás
Porque veio “satanás”
Acabar o seu império
Governar no seu lugar
E a Lava jato acabar
Sem revelar o mistério.
Abruptas e radicais
Mudanças temos demais
Neste governo misero.
Direitos de anos atrás
Este governo desfaz
Mas não é isso que quero.
O povo fica alertado
No Facebook animado
No Whatsapp também
Publicam compartilhando
O que estão filosofando
Contra o tirano do bem.
Nas escolas estaduais
Também nas municipais
É o assunto que rola
E além das capitais
Nas escolas federais
Concorrem à mesma "bola".
Mas eu reflito comigo
E aponto a cada amigo
Que sentados estão me olhando
Somos intelectuais
Maiores que nossos pais
As coisas tão melhorando.
Vibrei de contentamento
Quando em outro momento
Estávamos nós estudando
Chegou a “Educação”
Com um recado na mão
E foi a nós repassando.
A secretária em pessoa
Nos disse uma coisa boa
E foi até aplaudida.
“No dia da greve geral
Todo o nosso pessoal
Vão sair pra avenida.
Porque são nossos direitos
Não pedidos, já eleitos
Que eles estão tirando.
Com o ponto facultativo
Todo empregado vivo
É pra sair protestando.
Não convidei a ninguém.
Eu sabia. O povo vem
Tá todo mundo antenado
Mas, quando chegou o dia
Ao invés de alegria
Eu fiquei decepcionado.
Aqui sabemos falar
Sabemos filosofar
Com o peito todo estufado
Nós somos tão eloquentes
Ao falar dos presidentes
Que Por Aqui tem passado.
Em todo nosso percurso
Durante este nosso curso
Falamos de Educação
Não esta a que já temos
Mas, àquela que queremos
E damos a solução.
O erro está naquele
Cobramos sim, mas é dele
Que tem o poder na mão
Na academia me assento
E espero meu aposento
Aí dele se disser não.
Como é que um professor
Que Do saber é detentor
E sabe se expressar
Que na hora da ação
Cruza os pés, braços e mão
Pra ver a “banda” passar?
Com que cara eu e você
Queremos aqui defender
Contra os homens ladrões
Se na hora do fazer
Começo a me esconder
Por detrás dos meus botões?
Pra quê fechar prefeitura?
Pra que isso, criatura?
Só para ser aplaudido?
Porque os intelectuais
Ficam lá nos seus quintais
Do mundo estao esquecido.
Para quê filosofia?
Para quê sociologia?
O Temer está com razão.
Se o homem “burro” ele tem
Se o esclarecido também
Rezam a sua oração?
Eu não preciso saber
Que Caminha ao escrever
Falou do Brasil tão bem.
Saber que sou um ponto azul
Na grande América do Sul
Que diferença isso Tem?
Também tem B pós o M
Alguns de nós inda treme
Na hora de escrever.
Mas pra quê saber do B
Se eu consigo dizer
Basta isso pra entender.
O povo esclarecido
A mim tinha outro sentido
No dia 28 perdi.
Quando vocês procurei
Em cada canto que olhei
Em mim um golpe senti.
Aplausos de vós não quero
Reflexão, sim. Espero
Quando aqui terminar.
E quando seu aposento
Você vir indo no vento
Tarde será pra chorar.
Amanhã você verá
Seu filho se humilhar
Ante à mesa do patrão
A condição que disser
Seu filhinho se quiser
Aceita a imposição.
Ele não quer mas será
Obrigado a aceitar
Por causa da precisão
Em casa um filho tem
A quem lhe quer muito bem
E tem de lhe dar o pão.
Até que outro sujeito
Sujo deste mesmo jeito
Tire o resto, professor.
Aí seu filho e seu neto
Irão viver só de resto
Se lhe derem de favor.
Então reflita comigo:
Agora mesmo, amigo.
O erro aonde está?
Se foi me dado o direito
De reclamar com respeito
Se preferi me esquivar?
Feliz dia 28 de abril de 2017.
Professor Carlos Jaime.