Síndrome de Burnout
  
    A velocidade a urgência onde “tudo” precisa acontecer, principalmente na área profissional/trabalho podem trazer consequências sérias e também imediatas à saúde do trabalhador. A maneira que dispõe a organização do trabalho e as condições impostas de alta produtividade com menor tempo possível e com nível de exigência extrema, tem acarretado pressão, relações competitivas desleais baseadas em uma lógica capitalista, busca frenética de destaque para manutenção do emprego, condições gerais cada vez mais precárias, sem qualidade nos relacionamentos interpessoais no ambiente do trabalho, mais desgaste do trabalhador, bem-estar subjetivo anulado e/ou fragilizado e, consequentemente aumento de algumas patologias da atualidade, dentre elas estão a Síndrome de Burnout.
   Segundo estudos nesta área Burnout refere-se a uma síndrome na qual o sujeito perde a motivação e o sentido da sua relação com o trabalho e que envolve três componentes: a exaustão emocional; despersonalização e a falta de envolvimento no trabalho.
    A exaustão emocional basicamente caracteriza-se por falta ou carência de energia, esgotamento pode ser físico e psíquico. O trabalhador não consegue desprender energia para um bom atendimento aos seus clientes e, nas relações interpessoais ocorrem um endurecimento e/ou embotamento afetivo, prevalecendo o cinismo e a dissimulação afetiva.  Tratando tanto clientes, colegas, superiores e as organizações como objeto, “coisificando” as relações, deste modo ocasionando a despersonalização.
     A falta de envolvimento no trabalho é uma dimensão na qual prevalece um sentimento de inadequação pessoal e profissional. Uma resposta ao estresse laboral crônico, na qual o sujeito está inserido, como reação manifesta uma espécie de desencanto, cansaço, falta de expectativa e dificuldade de encontrar estratégias de enfrentamento, trazendo consigo consequências negativas tanto em nível individual como no envolvimento coletivo.
     Se permitir, parar...pensar, respirar fundo, ouvir-se e agir ao seu tempo e não em uma lógica capitalista veloz e volátil e, investir/priorizar sua saúde mental e física, é um dos primeiros passos a ter qualidade de vida e vida em abundância.
 
                  Águida  Hettwer