Interior de São Paulo, ocorreu em um centro espírita kardecista.
Recentemente um médium com o nome de Cléber, sentado em uma cadeira momentos antes do início dos passes, viu com sua vidência a entrada na sala dois pretos velhos.
Cléber sentado e em oração viu por sobre a sua calça jeans, uma calça branca, suas mãos não tinham nenhum controle e faziam movimentos semelhantes a um benzimento no ar, enquanto sua boca baforava no campo etérico um charuto, enchendo o ambiente de um cheiro característico que alguns dos médiuns passista acabaram percebendo.
Suas mãos ao ar e baforando ar era o que qualquer um que olhasse para Cléber viria com aos olhos dos humanos.
Enquanto ocorria isso André sentado bem perto foi alertado por sua esposa que Cléber não estava bem, ela via Cléber quase que transparente de tão pálido que se encontrava.
André disse sua esposa “acorde-o” Cléber está tendo algum delírio.
André imediatamente com um livro nas mãos, deu na barriga de Cléber voltando imediatamente do transe em que se encontrava.
Passado alguns dias, exatamente hoje quando era servido o delicioso almoço no centro, após a palestra proferida por alguns irmãos da casa espírita, salão lotado.
André conversava com Fagundes enquanto o almoço era servido aos mais carentes que se encontravam naquele recinto, fato que se repete religiosamente todos os domingos a mais de 50 anos.
Chega Renato outro voluntário da casa que sabia do ocorrido com Cléber e pergunta a André se ainda está sentindo o cheiro de charuto na sala de passes.
O que André que interrompido o bate papo com Fagundes, e “rindo os dois”, subiu, falando André referindo se a um atendimento a um espírito qualquer.
Renato que também frequenta uma casa de oração de Umbanda redarguiu André, então você quer dizer que foi atendido um obsessor.
André prontamente em tom “jocoso” diz com todas as letras sorrindo, não é obsessor quando você consegue não entrar em sintonia com o espírito, na realidade ele é “amiguinho” que veio para alertar o Cléber os caminhos escusos. Tanto André quando Fagundes se deliciaram com o episódio.
Poderia ser mais uma história triste de preconceito se não fosse verdadeiro os sentimentos dos envolvidos nesse pequeno episódio, outro fato são os nomes fictícios usados para resguardar a identidade dos médiuns envolvidos.
Apenas um alerta que a espiritualidade nos dá em que no mundo espiritual não importa a forma e de que enfeixamento pertence qualquer espírito que estão vindo dispostos nos abençoar, se em forma dos queridos pretos velhos, ou de médicos, juízes, doutores; devemos ter a humildade necessária para continuar a servir, observando a natureza sublime em cada atendimento fraterno.