Reforma da Previdência
REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Proponho assunto importante para a reflexão de todos. Trata-se do necessário debate sobre a reforma da previdência social, tema que interessa a n´s, nossos filhos e netos. É uma reforma que já deveria ter sido feita há 20 anos atrás, quando o Brasil teve a certeza da progressiva queda da taxa de natalidade e do progresso da tecnologia que cada vez emprega menos gente. Menos pessoas trabalhando menor a receita da previdência. Com o progresso da medicina preventiva e das condições de vida da população, (que bem ou mal acontece para a maioria, principalmente com a ampliação da rede de esgotos e de água tratada), se vive mais e a expectativa de vida geral aumenta. É evidente que com as regras atuais não vai haver como pagar as aposentadorias e os benefícios no futuro, dentro de 30 anos. Vejam o que já está acontecendo com alguns estados e municípios, com dramáticos atrasos sucessivos dos pagamentos dos benefícios. A idade mínima para a aposentadoria de homens e mulheres me parece inegociável: 65 anos de idade, bem com o tempo de contribuição que deverá ficar em torno de 45 anos. As regras de transição, para quem está próximo da aposentadoria pelas regras atuais, imagino que possam ser abrandadas um pouco, mas não muito. Acredito que as regras novas deverão ser idênticas para todos: regime CLT, funcionários públicos e militares. A reforma, nas afirmações dos estudiosos da matéria, precisa ser aprovada ainda este ano pois não há como esperar mais.
Tenho plena convicção que se opor à reforma da previdência é uma irresponsabilidade criminosa, uma demagogia maldosa com os trabalhadores mais humildes e uma demonstração de ignorância matemática inadmissível para quem pretenda discutir a matéria. Não se trata de discursos e proclamações sobre direitos hipotéticos - trata-se de fatos concretos, de cálculos, de projeções demográficas, de competência e de honestidade intelectual.
Precisaremos pressionar os parlamentares que votarão a matéria pois, a maioria, com a irresponsabilidade tradicional e com a incompetência que os distingue vão querer introduzir alterações no projeto totalmente estupidas, visando não o aperfeiçoamento da reforma mas as eleições de 2018.
Eurico de Andrade Neves Borba