ALZHEIMER morrendo em silencio

A caneta desliza/ inconformada

em meio a inúmeros papeis amassados/

A cada linha uma explosão

Explosão de nevoas, todas ao mesmo tempo

Trazendo consigo o impiedoso/

Sem lembranças, sem esperança,

Sem saber aonde ir/

A busca para não perder o que passou

torna esses momentos uma missão

Missão quase que suicida,/

Dói olhar o que foi sol e agora apenas o sinistro

Que vida é essa que só tem o escuro da noite/

Que vida é essa que vida é essa/

É como se nunca tivesse existido,

Se sentindo

Um ramo sem a flor

Seco

Uma planta sem o chão,

Uma alma...

Sem coração

Sem coração...

Que vida...é essa.