O ABORTO

Para o Espírito, a consequência do aborto é uma existência nula e a recomeçar. O aborto provocado é um crime, qualquer que seja a época de sua concepção, pois há uma transgressão a lei de Deus. A mãe, ou qualquer pessoa, cometerá sempre um crime ao tirar a vida da criança antes do nascimento, porque isso é impedir a alma de passar pelas provas de que o corpo devia ser o instrumento.

No caso em que a vida da mãe estará em perigo pelo nascimento da criança, é preferível sacrificar o ser que não existe a sacrificar o que existe (no caso a mãe).

E racional ter respeito pelos fetos, da mesma forma de uma criança que tivesse vivido, pois em tudo existe a vontade de Deus e a sua obra, e não se devem tratar levianamente as coisas que se deve respeitar. Por que não respeitar as obras da criação, que às vezes são incompletas pela vontade do Criador? Isso pertence aos seus desígnios, que ninguém é chamado a julgar.

A união da alma ao corpo começa na concepção, mas só está completa na ocasião do nascimento na Terra. Até aí, o Espírito está ligado ao corpo por um laço fluídico, que cada vez mais vai apertando, até o instante em que a criança vê a luz. Se o corpo que ele escolheu morre antes de se verificar o nascimento, o Espírito escolhe outro. Essas mortes prematuras, as mais das vezes, são consequentes de imperfeição da matéria.

No intervalo que medeia da concepção ao nascimento, o Espírito goza das suas faculdades mais ou menos, conforme o ponto em que se encontre, porquanto ainda não está encarnado, mas apenas ligado. A vida intrauterina é como a da planta, que vegeta. Isto posto, constitui crime a provocação de um aborto, porque se impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que estava se formando.

Roberto Valverde
Enviado por Roberto Valverde em 15/01/2017
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